Gravidez com uma das gêmeas sem vida foi mantida por dois meses
Na última terça-feira (25), Thaiana Loena Fraga, de 29 anos deu à luz as gêmeas Maria Alice e Maria Heloísa. O momento de chegada também foi o de despedida, durante a gestação, uma das bebês, Maria Heloísa, não resistiu a complicações geradas pela Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (SRFF).
“Agora, nos primeiros dias, vivemos algumas barreiras, como, por exemplo o enterro da Maria Heloísa, pensar no futuro da Maria Alice, vamos cuidar dela com todo amor e carinho do mundo”, conta a mãe.
A jovem, mãe de primeira viagem e seu marido, Pedro Fraga, moram em no município do Sorriso (MT), ela relata que foi lá que eles descobriram que seriam pais.
Ela relata que quando estava com quatro meses de gestação, uma prima, médica ginecologista, a orientou a fazer acompanhamento médico devido ser uma gestação gemelar univitelina, em apenas uma placenta.
“A minha família e a família do meu marido são de Campo Grande, quando minha prima me orientou a fazer acompanhamento devido aos riscos que a gravidez poderia ter, decidimos vir para cá e fazer o tratamento com ela, fiz o acompanhamento do pré-natal e ia a cada 15 dias”, relata.
Thatiana contou a reportagem do Correio do Estado que soube do falecimento de sua filha quando estava na 27 semana de gestação.
“Quando eu tava com 27 semanas, fui fazer um ultrassom, e foi constatada a Síndrome de Transfusão Feto-Fetal, fui para Campinas (SP) com urgência fazer a cirurgia para cauterizar a ligação que tinha entre elas, porque a síndrome ocorre quando um dos fetos passa a doar sangue para o outro. O receptor que era a Maria Heloísa estava em estado grave, com o coração sobrecarregado. No dia (29) de novembro eu retornei para Campo Grande, fui fazer uma consulta com minha médica e ela viu pelo exame que o coração da Maria Luiza não estava mais batendo”, explica Thaiana.
A gravidez foi mantida por dois meses com uma das bebê sem vida, porque a placenta ainda tinha bastante líquido e era possível manter Maria Alice viva sem risco de infecção.– Arquivo pessoal Nascimento
Thaiana relata que passou um tempo com sua filha Maria Heloísa, “nasceu uma bebe formadinha, perfeita, eu a beijei, cheirei, fizemos foto com as duas e encaminharam ela para o necrotério”, lamentou.Thaiana e Maria Heloísa – Arquivo pessoal
A outra bebe, Maria Alice, nasceu com 2.215 kg e 45 cm e está sob os cuidados dos pais.
FONTE: CORREIO DO ESTADO