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quinta-feira, 21, novembro, 2024

O triste Paraguai foi o coadjuvante perfeito. Recuperou Philippe Coutinho. 4 a 0

Raphinha. Com todo espaço. E direito à pose no Mineirão, depois do primeiro gol
GLEDSTON TAVARES/ESTADÃO CONTEÚDO

O triste Paraguai foi o coadjuvante perfeito.

Nono colocado, penúltimo na tabela das Eliminatórias.

Em um jogo sem atrativo, já que a seleção brasileira está classificada para a Copa do Mundo do Catar, e o adversário, eliminado, Tite tratou de fazer o que gosta, desde que assumiu seu cargo de treinador. Recuperar jogador desacreditado.

E com todo espaço oferecido pelo fraquíssimo time do argentino Guillermo Schelotto, Philippe Coutinho teve a chance para estufar as redes de Antony Silva.

Aos 16 minutos do segundo tempo, o meia da seleção dominou lançamento de Marquinhos, ajeitou a bola, o corpo, fez pose para bater e marcou um belo gol.

Tite ficou muito orgulhoso. Acreditava que calaria os críticos, os que cobram coerência de suas convocações, já que não estava atuando. Coutinho mal havia chegado no Aston Villa. E o treinador, fiel aos seus jogadores que o ajudaram nas Eliminatórias passadas, o chamou. Suportou a cobrança por sua incoerência. 

Experiente, sabia que os paraguaios seriam presa fácil. E colocou o jogador onde ele mais rende. Exatamente onde estaria Neymar, se não estivesse contundido na convocação. Como articulador, atuando do meio para a esquerda, para aproveitar seu arremate preciso de pé direito.

Ele teve pelo menos três chances para chutar. O time paraguaio dava espaços demais. Até que aproveitou a chance. E estufou as redes. Nem mesmo os familiares de Philippe Coutinho vibraram como Tite. Ele queria uma desculpa para levá-lo à Copa, esteja como estiver no futebol inglês. Conseguiu.

A partida foi fácil demais para o Brasil.

Os paraguaios já chegaram ao Mineirão derrotados, eliminados. O argentino Schelotto afirmou que está tentando construir uma base para que a sua seleção dispute a Copa de 2026. Era óbvio que o Brasil iria se esbaldar. Mesmo quem queria valorizar a partida não encontrava adjetivos elogiosos para o adversário do time de Tite.

No primeiro tempo, foram dez chutes ao gol dados pelo Brasil. Contra nenhum do Paraguai.

Tite montou sua equipe com apenas um volante de marcação. Fabinho. Lucas Paquetá atuou ao lado de Philippe Coutinho nas armações de ataque da seleção. Na frente, Raphinha e Vinícius Júnior tinham todo o espaço que precisavam, nos lados do campo. E no meio, desesperado para marcar, Matheus Cunha.

Mas Tite aproveitou a previsível farra no Mineirão e colocou outro protegido seu como titular. Daniel Alves. O jogador, que fará 39 anos em maio, fez o que quis na lateral. O Paraguai estava preocupado em não ser humilhado. Entrou no esquema 4-5-1. O que foi excelente para o veterano lateral-direito. E também para Alex Telles, que luta para ser um dos reservas na Copa do Mundo.

O Brasil atuou no 4-1-2-3. Com todo espaço para atacar e sem preocupações defensivas. Ederson não teve trabalho algum durante a partida inteira.

Philippe Coutinho agradeceu aos céus o golaço que marcou. E o garantiu na Copa do Catar
LUCAS FIGUEIREDO/CBF

Os gols eram mera questão de tempo.

Marquinhos fez excelente lançamento para Raphinha. O habilidoso atacante deu um drible humilhante em Junior Alonso e marcou, aos 27 minutos do primeiro tempo.

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O domínio brasileiro foi absoluto. Decepção, outra vez, foi Vinícius Júnior, mesmo com espaço, não conseguiu jogar bem. Ser letal. Falhas incompatíveis com o que tem feito no Real Madrid. E hoje, ele nem teve de correr atrás de lateral, como Tite adora.

No segundo tempo, os paraguaios estava mais cansados que os brasileiros. A diferença técnica e tática ficou também física.

Philippe Coutinho teve ainda mais espaço nas intermediárias. E, realmente, jogou bem. 

Logo aos três minutos, Raphinha acertou a trave. Deixando claro que viriam mais gols. O time paraguaio não conseguia sair do seu campo.

Aos 16 minutos, chegou o lance que Tite tanto queria. O chute certeiro de Philippe Coutinho, com outra assistência de Marquinhos. Aos 40 minutos, Antony, que havia entrado no lugar de Vinícius Júnior, teve tempo para dominar no lado direito da grande área. E o chute cruzado de esquerda, deixando perplexo o goleiro Antony Silva. 3 a 0. 

Com os paraguaios arrasados, viria ainda o quarto, da goleada clássica. Com o ataque brasileiro tocando bola como se fosse um treinamento. 

Antony e a pose após o terceiro gol. Ele deu um chute que deixou o goleiro paraguaio perplexo
@CBF_FUTEBOL

Everton Ribeiro para Rodrygo. Dele para Bruno Guimarães, daí de volta para Rodrygo. 4 a 0. Vitória fácil, representativa, demonstrando o quanto pouco competitiva é a eliminatória sul-americana.

O Brasil precisa enfrentar europeus.

Não adianta ficar posando diante dos nossos fracos vizinhos.

E Tite sabe…

FONTE: R7

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