O pai de uma aluna da escola municipal Ivete Lourdes Arenhardt, em Sorriso, denunciou que a filha, de 9 anos, estudante do 5° ano, foi vítima de tentativa de sequestro no portão da unidade, nesta terça-feira (15). “O filho da senhora que a socorreu veio até mim e falou que minha filha estava na esquina, desesperada, inconsolável, tremendo muito por causa da situação”, relatou.
FIQUE ATUALIZADO COM NOTÍCIAS EM TEMPO REAL: GRUPO 1 | GRUPO 2
Em entrevista coletiva nesta manhã, o pai relatou que chegou por volta das 17h10min na escola e aguardou a filha no portão enquanto a monitora a chamou pelo nome. Porém, antes dele chegar, segundo a criança, um homem apareceu na grade lateral da escola, se apresentou como amigo da família e a levou. “Por mais que a gente oriente a não fazer isso, ela saiu da escola e a monitora nem sequer percebeu que ela havia saído. Tanto é que quando cheguei ela chamou a menina várias vezes enquanto eu fiquei esperando”.
Ao pai, a criança disse que um homem a pegou pelo braço e a levou até a esquina da avenida Porto Alegre, onde percebeu algo errado, e saiu correndo sentido à rua Outono, onde virou a esquina e avistou um colega com a mãe e pediu socorro. A mulher, porém, não avistou o acusado. “Coloquei ela no carro para acalmá-la, e liguei para polícia e amigos e fizemos várias rondas, mas não conseguimos achar o homem”.
Segundo a menina, o acusado é branco, vestia bermuda preta e camisa colorida, e teria aproximadamente de 35 a 40 anos de idade. “Todos estamos em estado de choque, pois quase aconteceu o pior. Tentei ver o circuito de câmeras da escola, mas nos falaram que está desativado há 2 anos. Eu sempre vou buscar minha filha, e apenas um amigo meu a buscou de duas a três vezes apenas, e nem no país ele mora mais. Eles [da escola] nem sabiam que a criança tinha saído. Mentiram ao dizer que mandamos várias pessoas pegarem ela. Tentaram me calar, mas serão responsabilizados”.
Outro lado
A diretora da escola Ivete, Edena Cristina Broch, frisou que o homem acusado de tentativa de rapto não entrou na escola. “Ele estava próximo à cerca da saída, chamou a menina. O estagiário entendeu que ela reconheceu a pessoa, e a criança foi ao encontro dele. Havia monitoramento no portão cuidando dos menores. Como a menina é do 5° ano, e já tem uma autonomia maior de reconhecer quem vem buscar ela, viu a pessoa, e ela passou pelo portão, e o estagiário chamou à atenção e perguntou onde ela estava saindo, ela não respondeu e saiu pegada na mão”.
A secretária de Educação, Lúcia Drechsler, frisou que o caso serve de alerta às escolas, que redobrarão os cuidados, e aos pais, que devem frisar aos filhos que nunca saiam com desconhecidos. “Ontem entramos em contato com o pai e hoje já com a diretora e conversamos com o tenente-coronel Jorge almeida, que vai investigar essa situação. Para nós cabe olhar para esse caso como alerta. Vamos dar recado aos diretores para reforçar os cuidados”.
Conforme Lúcia, todas as unidades escolares têm monitores e não permitem que as crianças saiam sem reconhecer quem as pegou. “Ontem, ocorreu um fato que ainda não está tão bem explicado, mas que nos dá um alerta de que os pais precisam orientar seus filhos em casa para não saírem da escola com pessoas desconhecidas, e que não demorem para retirar os filhos da escola. Segundo me consta dessa criança, já era 17h30min quando alguém veio para buscá-la. Temos pessoas que cuidam, mas as crianças ficam ansiosas preocupadas e de repente chega alguém que chama e acaba saindo com quem não deve”.
PORTAL SORRISO