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sexta-feira, 22, novembro, 2024

Prefeito de Sorriso conhece programa de compensação de ativos ambientais

Iniciativa do IPAM recompensa financeiramente produtores rurais que não desmatam

Sustentabilidade. Cada vez mais, a palavra que representa o tripé harmônico entre economia, meio ambiente e cuidado com as pessoas, começa a ser traduzida em ações práticas e diretas. Na manhã de sexta-feira (4 de março), o engenheiro agrônomo, mestre em Agricultura Tropical, e consultor do Instituto de Pesquisas da Amazônia (IPAM), Valdenir dos Santos, apresentou ao chefe do Executivo sorrisense, que também é presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Cidesa) Alto Teles Pires, Ari Lafin, o trabalho que vem desenvolvendo no segmento de gestão ambiental. Também participaram do encontro o vice-prefeito Gerson Bicego e o secretário de Governo, Hilton Polesello.

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Segundo Valdenir, que já foi prefeito de Nova Ubiratã, sua atuação, via IPAM, consiste na compra do ativo ambiental dos produtores rurais, ou seja, aquela área que o produtor poderia desmatar, mas que optou deixar a vegetação em pé,  seja floresta ou cerrado, pode gerar uma renda extra. Não tem a safra da soja, do milho? Então, esta safra é garantida simplesmente pelo fato de se manter a vegetação nativa preservadinha.

Prospecção e ações já realizadas

A revista científica Frontiers publicou, em fevereiro, artigo inédito no qual  estima que a Amazônia Legal possui um total de 11,3 milhões de hectares de vegetação nativa em propriedades privadas, uma área maior que Paraíba e Rio Grande do Norte juntos.

Esses ativos, que podem ser legalmente desmatados, contêm um estoque de 474 milhões de toneladas de carbono acima do solo amazônico brasileiro. O número corresponde a 75% das reduções anuais de emissões nacionais de CO2 prometidas em 2015 na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).

E o trabalho do Ipam, via programa Conserv, é garantir que esta área continue intocada e que os proprietários sejam economicamente recompensados por isso. Até o momento, o programa possui nove contratos firmados, concentrados no Estado de Mato Grosso e já realizou 25 pagamentos a produtores. São mais de 11 mil campos de futebol protegidos (8.410 hectares). A expectativa é de que sejam contratados ao longo deste ano 20 mil ha de ativos de vegetação nativa, distribuídos entre 20 e 30 fazendas em três locais diferentes da Amazônia Legal, incluindo Cerrado e bioma amazônico.

Foco de atuação

Valdenir explica que, nesta fase, o foco do programa está justamente na região do Cidesa Alto Teles Pires. O prefeito Ari Lafin já se comprometeu a partilhar as ações do programa junto aos representantes de todos os municípios que integram o Cidesa, como forma de potencializar a iniciativa, indispensável para o processo de desenvolvimento sustentável de toda a região. “É, sem dúvida, um processo que permite colocar em prática ações sustentáveis alicerçadas à geração de renda, o que, inevitavelmente, traz reflexos positivos à toda cadeia produtiva”, pontua o gestor.

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