Mato Grosso lidera crescimento nas importações de armas de fogo e munições no Brasil. No 2º ano da pandemia de covid-19 e 3º do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), as compras de armamentos do mercado internacional aumentaram 26.878% sobre 2020. As negociações do produto com fornecedores externos movimentaram US$ 1,076 milhão em 2021 no Estado, aponta o Ministério da Economia. Cifra equivalente a R$ 6,2 milhões, feita a conversão cambial.
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Durante 3 anos as aquisições de itens da indústria bélica continuarão em alta, segundo perspectiva de agentes deste mercado, diante da manutenção de alíquota reduzida do Imposto de Produto Industrializado (IPI) no Brasil. Desde o último dia 24, todos os produtos importados, exceto aqueles contendo tabaco, tiveram corte de até 25% no imposto de importação, válido até 2024.
Nos armamentos, as alíquotas de IPI que chegavam ao máximo de 45% foram reduzidas para até 7,5% com o decreto presidencial nº 10.979/2022. Armas de fogo, como revólveres e pistolas, antes tributados em até 45% tiveram a carga do imposto de importação reduzida para 33,75%. Cartuchos com IPI de 20% também são incluídos no corte, baixando para 15%. Todos os produtos que tiveram as alíquotas reduzidas podem ser consultados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), vigente desde 2017, esclarece a Receita Federal do Brasil (RFB).
A diminuição do IPI objetiva incentivar a indústria brasileira, conforme declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes. A redução de 25% no IPI é o marco do início da reindustrialização brasileira após 4 décadas de desindustrialização, disse Guedes, na oficialização do corte do IPI.
Toda redução de imposto, em qualquer segmento comercial, acarreta aumento do consumo do produto. No caso das armas, deve sim elevar ainda mais as aquisições das marcas mais conhecidas e tradicionais, tanto para defesa do cidadão como pelos atletas do tiro, avalia o sócio-proprietário do Grupo Força e Honra, Fernando Paccola. Na empresa dele, a procura por armamentos, especialmente revólveres e pistolas, cresceu 85% em 2021, ante 2020.
A clientela é formada por pessoas físicas, incluindo agentes de segurança pública. O cidadão comum compõe a maior fatia desse público, independente da profissão, diz ele, que mantém há 9 anos a loja especializada na venda de artigos de uso profissional, incluindo equipamentos, vestuários e acessórios para profissionais de segurança, praticantes de esporte de aventura, tiro esportivo, caça e pesca.
Com base nos dados divulgados na última edição do Anuário de Segurança Pública, Paccola afirma que o crescimento das aquisições de armas se mantém constante desde 2019. Registros no SinarM (Sistema Nacional de Armas) subiram 155,7% em Mato Grosso, cita o empresário.
O comércio continua aquecido e as perspectivas elevadas, até por conta das eleições. Estamos em um governo que deu visibilidade a possibilidade do cidadão poder se defender, tema este que não era debatido em governos anteriores e continua não sendo bem visto por políticos que concorrerão nas próximas eleições. Com isso, os cidadãos de bem que buscam uma arma para defender sua propriedade e sua família estão buscando todos os processos legais para adquirir suas armas, conclui Paccola.
Confira reportagem completa na edição do Jornal A Gazeta
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