O secretário de Obras do município de Rosario Oeste procurou a delegacia de Polícia Militar na manhã desta segunda-feira, 21 de março, para denunciar o roubo de madeiras, que seriam usadas para reforma e construção de pontes de pequeno porte na Zona Rural da cidade. O suspeito de cometer o crime é o ex-vereador da cidade Tito Forquilha, que horas antes da denúncia foi flagrado no local do roubo e receberia a quantia de R$ 3 mil no final do trabalho, pois o valor acertado é de R$ 5,00 por metro de cerca construída ou desmanchada.
Consta no relatório de ocorrência, que as madeiras estavam próximas da ponte sobre o Rio Manso, localizado na Comunidade da Forquilha do Manso.
Após a denúncia, os militares iniciaram as diligências sendo informados que suspeito teria firmado acordo de trabalho junto uma empresa responsável pela construção das pontes de concreto sobre o Rio Manso e Rio Cuiabazinho. Foi constatado que o suspeito estaria realizando a extração ilegal de madeiras na cabeceira do Rio Cuiabazinho, em uma ponte em construção.
Em uma verificação a denúncia, os militares se depararam com flagrante de crime ambiental, onde foi localizado no interior da área de preservação permanente, cerca de 40 metros da construção da ponte, várias árvores recém-cortadas, uma quantia não contabilizada de pranchas e réguas para construção de curral escondidas no local, todas oriundas da extração ilegal de madeira naquele local de preservação.
Na propriedade do suspeito foi encontrado várias cortes de madeiras ilegais. O suspeito foi detido no município de Nobres. E ao ser questionado sobre os fatos, o ex-vereador disse ter sido contratado por uma empresa para construir uma cerca que teria sido retirada pela empresa ao tempo da construção da ponte de concreto. Ele confessou ter retirado do local do furto para construir a cerca apenas 03 longarinas de 06 metros, as quais foram transformadas em lascas para serem utilizadas na cerca.
Segundo levantamento realizado pela prefeitura de rosário oeste, foram subtraídas do local 30 pranchas de 6 metros, 25 longarinas de 6 metros, 10 longarinas de 2,5 metros. E ele teria sido visto saindo do local acompanhando dois caminhões transportando madeiras. Foram realizadas várias diligências para localizar o restante do material supostamente subtraído, visto que parte das madeiras foram utilizadas na construção de cerca, porém, sem êxito até o momento. Diante da indisponibilidade de veículo apropriado para transporte, tanto as madeiras localizadas nas proximidades da construção da ponde do Rio Cuiabazinho, como na propriedade rural pertencente ao suspeito foram deixadas no mesmo local onde se encontravam, ficando a disposição da Polícia Civil para demais providências.
ESTADÃO MATO GROSSO