Um homem condenado pelo maior roubo de xarope de bordo (maple syrup, em inglês) terá que pagar uma multa de mais de 9 milhões de dólares canadenses (por volta de R$ 33,8 milhões), ordenou nesta quinta-feira (31) a Suprema Corte do Canadá.
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O roubo desse tipo de xarope produzido a partir de seiva de bordo remonta a 2012. Richard Vallières e outras 15 pessoas roubaram 5.000 toneladas do xarope de um armazém a 150 km de Montreal, um espólio estimado em cerca de 18 milhões de dólares canadenses.
A revenda da mercadoria rendeu 10 milhões de dólares canadenses aos ladrões (em torno de R$ 37,5 milhões).
Condenado por fraude, tráfico e roubo, Vallières, natural de Quebec, foi condenado em 2016 a oito anos de prisão e multa de mais de 9 milhões de dólares canadenses, mas a soma foi reduzida em recurso para um milhão de dólares, valor equivalente aos seus ganhos pessoais.
A Suprema Corte do Canadá reverteu por unanimidade a decisão do Tribunal de Apelações e ordenou que Vallières, que ainda está preso, devolvesse o valor equivalente ao bem que possuía, ou seja, 10 milhões de dólares, menos o valor de uma ordem de devolução separada. A multa é de 9,171 milhões de dólares canadenses.
“O crime não compensa”, declarou o presidente da alta corte canadense, Richard Wagner.
Vallières tem um prazo de 10 anos para pagar a multa ou corre o risco de ficar mais seis anos preso.
O líquido âmbar, muito doce, muito popular na América do Norte, é feito principalmente em Quebec, embora também existam grandes produtores em províncias vizinhas, como New Brunswick.
France Presse