As quadrilhas não atuavam juntas. Mas, em comum, os criminosos levavam uma vida de ostentação. Promoviam festas, se hospedavam em hotéis cinco estrelas e usavam carros importados e diamantes para lavar dinheiro. Veja a reportagem completa abaixo.
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Uma dessas megaoperações foi no Rio Grande do Sul e desmontou uma facção criminosa que tinha conexões com traficantes na Bolívia. A quadrilha também era especializada em roubos e assaltos.
Foram 66 mandados de prisão e 58 prisões efetivas. Mais de 1,3 mil de ordens judiciais, cerca de 600 pedidos de quebra de sigilo bancário, fiscal ou tributário e 270 mandados de busca e apreensão em 38 cidades de quatro estados.
A polícia entrou em residências de alto luxo usadas pela facção e encontrou relógios, correntes de ouro e revólveres, além de provas de que o grupo já estaria em contato com traficantes ligados ao cartel mexicano de Sinaloa.
Segundo as investigações, o dinheiro da venda de drogas financiaria a compra de armas, que podiam ser usadas pela própria facção ou alugadas para assaltos e roubos. Para lavar o dinheiro do tráfico de drogas e dos roubos, os bandidos investiam em pedras preciosas.
Repórteres do Fantástico no Brasil e na Europa também mostram a desarticulação de outra quadrilha presa essa semana.
A Operação Descobrimento, da Polícia Federal, contou com a ajuda da polícia portuguesa, da Interpol e da Agência Americana Antidrogas. Sete pessoas foram presas por tráfico no Brasil e em Portugal.
Entre os presos, há empresários, políticos, integrantes de uma facção criminosa de São Paulo e uma doleira conhecida da Justiça: Nelma Kodama, que tinha participação importante no esquema.
Em 2014, ela foi condenada e presa na operação Lava Jato, quando tentava fugir do país com duzentos mil euros escondidos na calcinha.
A investigação começou em fevereiro de 2021, no dia em que a PF da Bahia encontrou mais de meia tonelada de cocaína num jatinho executivo de luxo, que pertence a uma empresa portuguesa de táxi aéreo — a Omni.
O jato tinha saído de Cascais, em Portugal, duas semanas antes da apreensão. Pousou em Salvador e, no dia seguinte, foi levado para o Aeroporto de Jundiaí, no interior de São Paulo — segundo as investigações, ali o avião foi carregado de cocaína.
De acordo com a polícia, um dos chefes da organização criminosa era Rowles Magalhães, ex-assessor especial do governo do Mato Grosso, que já respondeu por crimes como estelionato e improbidade administrativa.
REPORTAGEM DO FANTÁSTICO ABAIXO:
TV GLOBO