Os motoristas que desejam financiar um automóvel popular no momento atual vão precisar desembolsar R$ 11 mil a mais do que há um ano e meio para quitar a compra do bem. A surpresa negativa ocorre devido ao ciclo que elevou a taxa básica de juros de 2% para 13,25% ao ano no período de 15 meses.
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O cálculo, desenvolvido a partir das projeções da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), leva em conta que a 11ª elevação seguida da taxa Selic alterou de 1,34% para 2,03% a taxa mensal de juros para financiar um veículo.
Em termos práticos, a aquisição de um veículo de R$ 40 mil em 60 prestações passou a custar R$ 69.545,53, ante R$ 58.465,40 pago em março do ano passado. A variação é fruto de parcelas R$ 184,67 mais caras, que passaram de R$ 974,42 para R$ 1.159,09.
Para o caso da compra de uma geladeira no valor de R$ 1.500 parcelada em 12 meses, o valor final a ser pago pela compra do bem subiu R$ 74,42, de R$ 1.992,10 para R$ 2.066,52, com cada prestação estimada em 172,21. A taxa de juros anual cobrada para a aquisição é de 5,31%, ante 4,66% em março de 2021.
As movimentações ocorrem porque o salto da taxa básica de juros da economia é uma ferramenta eficiente de política monetária para conter a disparada da inflação. Isso se deve ao fato de que os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento pelas famílias.
A elevação da Selic também afeta os brasileiros que vão precisar usar o rotativo do cartão de crédito. Ao fazer utilização do valor de R$ 3.000 por 30 dias, o consumidor terá que arcar com R$ 414,96, fruto de uma taxa de 13,83% ao mês. Há 15 meses, a mesma utilização acarretava em um desembolso R$ 59,26 menor aos bancos.
Já a utilização de R$ 1.000 do cheque especial por um período de 20 dias, o total de justos a ser pago pelo consumidor ao final do período é de R$ 53,20 (7,94% ao mês), ante R$ 47,33 (7,1%) desembolsado para a mesma modalidade quando a taxa Selic figurava em 2% ao ano.
Por: Portal Sorriso