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segunda-feira, 25, novembro, 2024

Mauro avança no diálogo por palanque aberto e pode não coligar com PL

Foto: Débora Siqueira

O governador e pré-candidato à reeleição Mauro Mendes (União) revelou que o União Brasil não está discutindo suplências com nenhum candidato ao Senado porque o foco é a discussão para criar um palanque aberto com vários postulantes à senatória. Dessa forma, ele dá indício da possibilidade de não coligar com o PL, apesar do acordo de mútuo apoio com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

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“Não, nós não discutimos isso, né? [suplência ao Senado]. Se a gente tá discutindo palanque aberto, não seria natural que nós tivéssemos discutido suplência de candidato A, B ou C”, afirmou Mauro Mendes, na noite dessa segunda-feira (25), durante a convenção do Podemos, na Assembleia Legislativa, em Cuiabá, onde recebeu o primeiro apoio convencional de uma sigla.

Isso ocorre porque, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para ter vários candidatos ao Senado na mesma coligação, os postulantes à senatória precisam ter chapa pura, ou seja, senador e suplentes do mesmo partido.

A outra posibilidade de Mauro ter apoio de vários candidatos ao Senado é a chapa de reeleição dele não lançar um postulante a senador e ele não coligar com partidos que vão se juntar em chapas para a senatória, recebendo deles o apoio na prática, mas não oficial e ratificado pelo TSE. Seria o caso de União Brasil coligar, por exemplo, com Republicanos e Podemos, mas não com PL, PP e PSB e outras siglas que comporem as chapas de Senado.

E de acordo com Mauro, os diálogos para a construção do palanque aberto estão avançando e gradativamente as posições estão sendo amarradas. Com isso, o governador pode ter o apoio de dois a quatro candidatos ao Senado: o pré-candidato à reeleição senador Wellington Fagundes (PL); a médica Natasha Slhessarenko (PSB); o deputado federal Neri Geller (PP); e o produtor rural Antonio Galvan (PTB). 

Entre as maiores dificuldades para consolidar essa construção está o fato dos pré-candidatos à senatoria apresentarem candidaturas presidenciais diferentes e até serem grupos políticos antagônicos em nível estadual.

Wellington foi adversário de Mauro na disputa ao Governo do Estado em 2018 e não foi situação, mas traz consigo o apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Neri foi da gestão de Mauro, mas declarou apoio ao ex-presidente Lula (PT) e amarrou alianças com adversários políticos do governador, como a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV) e a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB). 

Antonio Galvan representa a “direita raiz” e o PTB não faz parte da gestão estadual e possui entre os filiados opositores.

Natasha, por sua vez, não abraçou nenhum presidenciável, mas faz parte do PSB e partidos de esquerda estão vetados, pelo PL, em uma coligação com o governador.

Por partes

Para conseguir pacificar os diferentes grupos, Mauro deve garantir o “fatiamento” da eleição. No palanque de Governo, o governador deve abrir para todos os candidatos ao Senado pedir voto para si próprios, mas não aos seus respectivos presidentes, separando esta parte da disputa aos palanques individuais e a campanha extensiva de rua e mídias, onde ele mesmo fará campanha exclusiva a Bolsonaro.

“E eu não deixei dúvida, pra ninguém que o governador Mauro Mendes, o candidato Mauro Mendes vai apoiar o presidente Bolsonaro. Respeito todos os demais candidatos, não vou transformar a eleição de Governo de Mato Grosso numa eleição de presidente. Eleição de presidente é uma coisa, eleição do senador outra e cada cargo que será disputado no processo eleitoral deste ano. E o que nós estamos discutindo e foi discutido é um palanque aberto para o Senado”, concluiu.

LEIA AGORA – – Jardel P. Arruda / Da Reportagem Local – Débora Siqueira

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