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domingo, 27, outubro, 2024

Carrões são apreendidos e 8 empresários presos em ação contra furto de cargas

Ao menos 8 empresários do ramo de grãos e transportes são alvos da Operação Grãos de Areia, da Polícia Civil, que investiga a ação de uma quadrilha especializada em furto qualificado, estelionato e fraude na entrega de cargas na região sul de Mato Grosso. Durante a manhã desta quinta-feira (28), as equipes apreenderam vários carros de luxo. Lucro da quadrilha era de R$ 100 mil por carga desviada.

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De acordo com as informações da assessoria de imprensa, são 88 mandados judiciais, sendo 25 de prisão, 32 de busca e apreensão e 31 ordens de sequestro de bens. 

Delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, afirmou que entre os membros da quadrilha estão: 8 empresários, 9 motoristas, 6 funcionários da empresa de uma das vítimas e 7 pessoas que são responsáveis pela estrutura da quadrilha, como agenciamento, contabilidade e comércio das cargas desviadas.

Consta na investigação que as lideranças da quadrilha ofereceram grande quantidade de dinheiro para os 6 funcionários da empresa vítima, para que eles fossem coniventes com as fraudes. Quando não conseguiam o apoio, faziam ameaça de morte como forma de intimidação.

Modus Operandi

Polícia descobriu que o farelo de soja era carregado por integrantes do grupo criminoso em uma empresa em Primavera do Leste com destino ao terminal de cargas em Rondonópolis. Então era realizada a clonagem de outro caminhão com mercadoria adulterada nas empresas da organização criminosa.  

Depois, o caminhão clonado adentrava no pátio da empresa com a conivência de funcionários envolvidos no esquema e descarregava a mercadoria adulterada. O caminhão com a carga sem adulteração retornava para empresa do investigado, onde era descarregada e posteriormente comercializada por valores abaixo do preço de mercado, gerando um lucro aproximado de R$ 100 mil por carga desviada.  

De acordo com o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) Rondonópolis, Santiago Rozendo Sanches, o desvio acontecia durante a grande movimentação de transportes no terminal de cargas – que recebe um volume de 1 mil caminhão ao dia. “Após a descarga dos vagões de trem e mistura do produto é de difícil constatação que se trata de material adulterado”, disse.

Para o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, o momento é para a cessação dos crimes praticados pelo grupo. “As investigações seguem em andamento para apuração da responsabilidade dos receptadores (pessoas que adquiriram grãos do grupo investigados), além de possíveis crimes de lavagem de dinheiro e possíveis crimes tributários praticados pelos investigados”, disse.

GAZETA DIGITAL

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