O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ofereceu, na última sexta-feira (5), denúncia contra 17 faccionados do Comando Vermelho que atuavam na disputa por território para o tráfico de drogas em Alta Floresta (789 km de Cuiabá). As penas, segundo o MP, podem ultrapassar 100 anos de prisão com relação a alguns acusados, que são suspeitos da prática de tortura, ocultação de cadáver, homicídio (consumado e tentado), extorsão qualificada, sequestro e corrupção de menores.
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Os crimes foram motivados por disputa territorial pelo mercado de tráfico ilícito de drogas entre as facções criminosas Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com o MPMT, os crimes foram cometidos contra as vítimas Raiane do Nascimento Silva e Carlos Eduardo Santos Azevedo, porque os acusados acreditavam que elas possuíam envolvimento com o PCC.
Consta na denúncia, que a vítima Raiane foi torturada por horas, com agressões físicas em dois cativeiros. Os acusados chegaram a inserir agulhas embaixo das unhas de suas mãos e pés, além de terem arrancado oito unhas dos pés e jogado álcool nos dedos. Partes de seu corpo também foram queimadas com isqueiro.
Carlos Eduardo Santos Azevedo também foi torturado e ao final foi executado com golpes de faca e disparos de arma de fogo. Conforme o MPMT, os denunciados também tentaram matar Raiane com disparos que a atingiram na região da nuca e nas costas. A vítima só sobreviveu porque fingiu-se de morta e depois saiu em busca de ajuda, recebendo tratamento médico no Hospital Regional de Alta Floresta.
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