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segunda-feira, 28, outubro, 2024

Membros de facções presos em Sorriso são responsáveis por aumento de 450% no número de assassinatos em MT

Os integrantes de duas facções criminosas que foram presos na Operação Dissidência, deflagrada nesta quinta-feira (18) em Sorriso, no norte do estado, são responsáveis por aumento de 450% no número de assassinatos em julho deste ano no município.

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A operação prendeu 30 integrantes das quadrilhas rivais. Foram 22 cumprimento de mandados de prisão preventiva e oito prisões em flagrante.

De acordo com o delegado Gustavo Godoy, um dos supervisores da força-tarefa, da taxa de dois homicídios registrados em Sorriso no mês de julho do ano passado, o número subiu para 11 em julho deste ano. As mortes foram todas ligadas a essas facções.

“É um ponto fora da curva que vai ser corrigido. Os crimes começaram em Sorriso, mas foram para outros município do norte”, disse.

Operação cumpre prisão de 22 integrantes de facções criminosas em MT — Foto: Polícia Federal
Operação cumpre prisão de 22 integrantes de facções criminosas em MT — Foto: Polícia Federal

O delegado de Policia Federal, Antônio Flávio Rocha Freira explica que os integrantes de uma facção começaram a discordar e brigar pelo controle do tráfico de drogas e pelas ordens de mortes que eram dadas. Por discordarem, houve uma dissidência do grupo. Os integrantes que saíram criaram uma nova facção, rival da principal que comandava a região.

“Por causa disso, começou a ocorrer uma guerra entre eles. Um tentava matar o outro. Nos deparamos com uma situação muito crítica aqui em Sorriso, que seria o foco central dessa guerra existente”, afirma.

Ele também explica que muitas ordens saíam de dentro do presidio.

“Foi identificado um dos chefes que está preso e dentro da própria prisão estava decretando as mortes de integrantes rivais que estavam em liberdade e outros que estavam presos em outras penitenciárias. O suspeito é conhecido com conselheiro do grupo no norte do estado”, afirma.

Buscas e apreensão na casa dos integrantes  — Foto: Polícia Federal
Buscas e apreensão na casa dos integrantes — Foto: Polícia Federal

Foi presa também a chefe da principal facção, que estava foragida morando no Rio de Janeiro. Segundo o delegado, a mulher estava foragida por causa dos rivais que estavam tentando matá-la.

“Ela era responsável por determinar as mortes. Descontente com a determinação de algumas delas, os membros brigaram e acabaram saindo do grupo, criando a facção rival”, explicou.

A operação

Uma força-tarefa da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar de Mato Grosso deflagrou a Operação Dissidência na manhã desta quinta-feira (18), para cumprimento de 22 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 36 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro integrantes de uma facção criminosa envolvida em crimes como homicídios, tortura e tráfico de drogas.

Durante as investigações foi identificado que na região centro-norte do estado estaria ocorrendo uma guerra entre uma facção criminosa e uma parte do grupo pelo controle na venda de drogas, principalmente, em Sorriso, o que provocou um aumento exponencial em homicídios no município.

Foi instaurado um inquérito policial para apurar os fatos e as equipes identificaram os chefes das facções na região, inclusive, de dentro do sistema penitenciário, bem como outros integrantes responsáveis por promover homicídios, torturas, tráfico de drogas, entre outros crimes graves.

Cumprimentos de mandados

Foram cumpridos mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Sorriso nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Sorriso, Marcelândia, Peixoto de Azevedo, Terra Nova do Norte, Tangará da Serra, Guarantã do Norte, Rio de Janeiro e Macaé.

Também foram cumpridos mandados de prisão na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, em Sinop; na Penitenciária Central do Estado e na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, ambas em Cuiabá e na Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo, em desfavor de criminosos que já se encontravam presos.

G1 MT

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