O presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve vir a Mato Grosso durante a campanha à reeleição na disputa pela Presidência da República em 2022. O motivo, segundo correligionários do próprio candidato, se dá pela limitação de recursos para o deslocamento.
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Na quarta-feira (31), o deputado Gilberto Cattani (PL) afirmou que os custos das viagens são altos e devem ser custeado pelo próprio partido do presidente. Com isso, o chefe do Planalto vai priorizar visitas às regiões onde concentra maior parte de seu eleitorado.
“O fato do presidente Bolsonaro não vir, é uma questão de dinheiro, é uma questão cara. Como a campanha é muito curta, não tem nenhuma agenda para Mato Grosso e nós entendemos isso perfeitamente. Nós temos colégios eleitorais maiores que são prioridades nesse momento”, disse à imprensa.
A última visita de Bolsonaro ao Estado ocorreu em abril, quando o chefe da República desembarcou em Várzea Grande para participar de uma motociata e reunião com pastores, em uma grande mobilização da pré-campanha. Na época, o presidente utilizou a mega estrutura da comitiva presidencial com dois jatos, assessores, seguranças. Tudo custeado com recursos da União.
No entanto, a Força Aérea Brasileira (FAB) já comunicou ao comando da campanha de Bolsonaro que o uso do avião presidencial durante as eleições deste ano não vai sair de graça e os custos deverão ser ressarcidos pelo PL aos cofres públicos. O cálculo aproximado é de R$ 120 o quilômetro, segundo informa o blog de Lauro Jardim, do Globo.
A situação se complica quando se observa o fato do PL ter ficado com mais de mais de R$ 288 milhões, para bancar a campanha dos filiados da legenda. O montante representa 5,82% do valor total que foi distribuído às demais legendas.
Diante disso, o chefe da república tem pedido doações pelas redes sociais para bancar todo aparato eleitoral. Nesta semana, o candidato à vice na chapa de Bolsonaro, general Braga Netto viajou cidades polos do agronegócio mato-grossense na tentativa de angariar recursos dos grandes produtores.
“A campanha do presidente hoje não é a mesma de 2018, hoje, o presidente para se deslocar continua sendo o presidente da República e todo o deslocamento é feito com custo altíssimo. Tudo isso tem que ser pago pelo dinheiro da campanha e não pelos cofres públicos”, finalizou.
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