Ele foi o mais votado em Mato Grosso no pleito de 2018, com 126.249, fazendo campanha pelas redes sociais, numa linha dura de ataques à esquerda e enaltecendo pautas conservadoras em sintonia com o bolsonarismo. Mas, agora, quatro anos depois, não conseguiu a reeleição.
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Afinal, o que aconteceu com Nelson Barbudo, que viu a votação cair para menos da metade (53.285) e entrou para a lista de deputados de um só mandato?
Em 2019, no primeiro ano em Brasília, Barbudo, com salário de R$ 33,7 mil e 15 assessores no gabinete, apresentou 128 propostas legislativas, participou de 289 votações nominais e fez 32 discursos em plenário. No ano seguinte, votou 394 vezes no plenário e nas comissões, fez 5 discursos e empenhou R$ 4 milhões em emendas.
Em 2021, foram 755 votações nominais, dois discursos e empenhou e liberou R$ 10 milhões. E, neste ano, participou de 387 votações nominais, proferiu 4 discursos e empenhou e liberou R$ 10,8 milhões.
Na prática, Barbudo frustrou seu eleitorado. Deslumbrado com poder, se encantou com a Capital Federal. Visitou poucos municípios, se mostrou mal assessorado e achou que bastaria continuar gravando vídeos com temas polêmicos e publicando suas mensagens nas redes fosse suficiente para se reeleger. Ledo engano. Foi mandado de volta para Alto Taquari.
Romilson Dourado