Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, o governador Mauro Mendes (União) afirmou nesta segunda-feira (31) que não terá problemas na relação com o presidente eleito, Lula (PT), já que o Estado não é mais “dependente” de verbas do Governo Federal.
“Claro que o relacionamento com o Governo Federal é importante, mas não somos mais dependentes de uma relação ou de verbas que eventualmente possam ser liberadas pela União”, afirmou em à Jovem Pan.
Segundo o gestor, essa independência e relação ao Governo Federal ocorre porque o Estado soube arrumar as contas e “caminhar com as próprias pernas”, após passar por um período de crise. “Quando assumi o governo, pegamos o Estado desorganizado e fizemos um duro ajuste fiscal. Fizemos política pública nesses quatro anos e recuperamos a capacidade do Estado investir”.
Sobre a reunião anunciada por Lula com todos os governadores ainda este ano, Mendes garantiu que está aberto ao diálogo e que não irá torcer pelo fracasso do presidente eleito. “Nós vamos dialogar sim, cooperar. Vamos respeitar democraticamente o resultado das urnas. Os governadores vão cooperar com isso. Quem quer o bem do Brasil não pode querer o mal daqueles que foram eleitos. Torcer para o insucesso do presidente Lula seria torcer para que nós percamos esse jogo, que vai trazer graves consequências para a maioria dos brasileiros”, enfatizou.
Apesar de “torcer” pelo melhor, Mauro argumentou que Lula irá pegar um país em um momento totalmente diferente do que encontrou e 2003, em seu primeiro mandato como presidente.
“Quando foi presidente, pegou o mundo em um momento muito bom, a economia mundial em uma janela grande crescimento. Tudo estava dando certo no mundo. Diferente daquele momento, vamos pegar a economia mundial em um momento de estresse pós-pandemia. Ele vai ter dificuldade no campo econômico, vai ter que aumentar o diálogo”, justificou.
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