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segunda-feira, 28, outubro, 2024

Jornalista de MT é hostilizado durante cobertura de manifestações em Brasília

Cobrindo as manifestações de pessoas que são contra o resultado das urnas e pedem por intervenção federal, o jornalista mato-grossense Bruno Pinheiro, que compõe a equipe da Jovem Pan, foi hostilizado, xingado e ameaçado nesta terça-feira, 15 de novembro, em Brasília.

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Os insultos foram feitos por pelo menos 200 pessoas que colocaram o dedo no rosto do repórter, que no momento da cobertura estava acompanhado da colega de trabalho Luciana Verdolin e mais um cinegrafista.

Seguranças e a Polícia do Exército ajudaram a tirar Bruno e o restante da equipe do local.

“Coisa de criminosos. Jogaram água na equipe, fecharam em cima de mim quando eu disse no link que eles estavam buscando resposta do TSE e queriam intervenção Militar e Federal. Eles disseram que era mentira e não deixaram a gente sair. Infelizmente é isso”, desabafou Bruno.

Mais um caso 

Este foi o segundo caso registrado de agressões contra uma equipe de reportagem que cobria as manifestações neste feriado. Em Belém, a equipe do jornal O Liberal também foi atacada pelo grupo que está acampado em frente ao 2º Batalhão de Infantaria e Selva (2º BIS), do Exército Brasileiro.

Os jornalistas Thiago Gomes e Fabricio Queiroz foram intimidados e hostilizados. Em um momento da ação, Thiago teve seu aparelho celular tomado e foi agredido com socos e chutes por manifestantes. O clima só não piorou porque Polícia Militar chegou ao local e conduziu os jornalistas para a Seccional Urbana de Polícia Civil da Marambaia para registrar as agressões em Boletim de Ocorrência.

Na internet, os manifestantes afirmam que a cobertura jornalística dos atos realizados desde o dia 30 de outubro, após o resultado das urnas, em que Luis Inácio Lula da Silva, do PT, foi eleito presidente do Brasil, não está sendo feita.

Os ataques à imprensa nos últimos dias ocorrem em todos as grandes capitais do Brasil, principalmente, em atos organizados por golpistas que defendem intervenção militar e contestam o resultado legítimo das eleições, alegando fraudes no processo eleitoral sem apresentar provas.

Em nota, o Sindicato de Jornalistas no Estado do Pará (Sindjor-PA) repudiou as agressões e pontuou que a Comissão da Ordem dos Advogados (OAB-PA), por meio da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa, vai apurar o caso para identificar os suspeitos e responsabilizá-los.

“A diretoria do Sindicato solicita providências urgentes por parte do governo do Estado para impedir esses excessos antidemocráticos que tem se repetido constantemente no Pará e, ao mesmo tempo, reivindica dos veículos de comunicação a garantia para que os jornalistas possam exercer livremente a atividade profissional, com a devida segurança e respeito à integridade física. Essas atitudes coercitivas e autoritárias não irão intimidar e nem calar o jornalismo crítico e profissional”, diz trecho da nota.

ESTADÃO MATO GROSSO

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