A Justiça Federal em Mato Grosso converteu a prisão em flagrante em preventiva dos dois acusados de terem colocado fogo em dois caminhões estacionados ao longo da BR-163, próximo ao município de Sinop (MT), interditando a rodovia. O sigilo telefônico dos suspeitos também foi suspenso para a busca de informações que auxiliem nas investigações.
De acordo com o Ministério Público, os crimes foram cometidos dentro do contexto das seguidas manifestações contestando o resultado das eleições presidenciais de 2022, e que os acusados estariam participando ativamente das ”manifestações” em Sinop (MT),
Conforme o juiz Jeferson Schneider, “há fortes indícios de que os delitos foram motivados pela insatisfação dos investigados com o resultado das últimas eleições presidenciais e a busca por sua reversão de modo antidemocrático, conforme se observa dos depoimentos dos condutores do flagrante e das mídias juntadas pela Polícia Federal”.
Ao converter o flagrante em prisão preventiva, Schneider alegou em sua decisão que levou em consideração a “necessidade de resguardar a ordem pública, a gravidade do crime, a periculosidade social dos suspeitos e a possibilidade real de cometer novamente o crime”. “(…) qualquer outra medida cautelar revela-se insuficiente para resguardar a ordem pública. (…) quando da prisão em flagrante, foram encontrados diversos instrumentos e objetos utilizados nos crimes – com potencialidade do cometimento, em tese, de novos crimes de mesma natureza -, o que sugere que a reiteração criminosa somente foi interrompida diante da prisão em flagrante”, completou o magistrado.
De acordo com a Polícia Militar do MT, com os presos foram encontrados armas de fogo e armas brancas, além de sete recipientes de óleo de um litro contendo, aparentemente, gasolina, além de estopa e isqueiro.
O ANTAGONISTA