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quarta-feira, 27, novembro, 2024

Assassinatos caem 3% nos primeiros nove meses de 2022 no Brasil; queda desacelera no 3º trimestre

Foram 30,2 mil assassinatos nos primeiros nove meses deste ano, o que representa uma queda de 3% em relação ao mesmo período de 2021. Mesmo assim, o número é elevado: em média, 111 brasileiros foram assassinados por dia entre janeiro e setembro deste ano.

Estão contabilizadas no número as vítimas dos seguintes crimes:

  • homicídios dolosos (incluindo os feminicídios)
  • latrocínios (roubos seguidos de morte)
  • lesões corporais seguidas de morte

Mesmo com a queda, os números do terceiro trimestre do ano acendem um alerta, pois eles mostram que a diminuição de assassinatos no país desacelerou.

O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Veja os principais destaques:

  • Houve 30,2 mil assassinatos nos primeiros nove meses deste ano, mais de mil mortes a menos que no mesmo período de 2021;
  • Na contramão do país, 11 estados registraram alta nas mortes;
  • Amapá teve a maior queda: 34%;
  • Rondônia teve o maior aumento nos crimes: 29%;
  • A queda desacelerou no terceiro semestre do ano, período em que 17 estados tiveram alta de assassinatos.

Segundo especialistas do FBSP e do NEV-USP, o menor número de mortes é motivado por um conjunto de fatores, incluindo: mudanças na dinâmica do mercado de drogas brasileiro; maior controle e influência dos governos sobre os criminosos; apaziguamento de conflitos entre facções; políticas públicas de segurança e sociais; e redução do número de jovens na população.

A queda ao longo de 2022 até o momento está seguindo a mesma tendência do ano passado. Em 2021, o Brasil teve uma queda de 7% no número de assassinatos. Foram 41,1 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta os dados desde 2007.

G1

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