Voo da Gol que sairia de Guarulhos (São Paulo) com destino à Cuiabá foi cancelado sem explicações pela companhia e passageiros relataram momentos de desespero. Eles ficaram presos na aeronave sem ar-condicionado ligado e sem a permissão do piloto para que saíssem. Passageira que estava no itinerário conversou com o Olhar Direto e detalhou o ocorrido. Segundo a acadêmica de direito, N.F., o cenário de terror se estabeleceu na aeronave que tinha crianças, pessoas de idade e cachorros.
FIQUE ATUALIZADO COM NOTÍCIAS EM TEMPO REAL: GRUPO 7 | PLANTÃO NORTÃO MT | INSTAGRAM DO NORTÃO MT
“Tudo aconteceu entre as 10h55 até as 2h. Foi cena de terror, me senti na loucura ali”. O piloto teria alegado que essa seria a terceira vez que o avião em questão apresenta problemas. Procuradas pela reportagem, a Gol e a Polícia Federal ainda não se manifestaram sobre o ocorrido.
“Eles (Gol) não explicaram nada. Eles só cancelaram o voo. Tanto é que peguei até uma declaração de cancelamento de voo, chegando em Cuiabá vou pegar outra declaração, pois no depoimento do piloto, ele declarou que era a terceira vez que a aeronave estava com problema […] Detalhe, tinham crianças no voo, dois ou três cachorros. Tinha também senhor de idade que começou passar mal, tanto que chegou até ambulância deles. Mas também demorou pra caramba, já era 1h30 quando eles chegaram. Tudo aconteceu entre as 10h55 até as 2h. Foi cena de terror, me senti na loucura ali”, relatou.
O voo estava previsto para início do embarque das 22h10 até as 22h40. Mas, já na entrada dos passageiros um primeiro problema foi constatado: 15 minutos de atraso. Os clientes só foram direcionados à aeronave, segundo N.F. às 22h55.
“Como tava todo mundo lá, já entrou todo mundo. E ai ficamos das 10h55 até 11h15 com a aeronave desligada, ares-condicionados todos desligados. Detalhe, tinham crianças no voo, dois ou três cachorros. Então foi bem complicado. Passou esses 20 minutos, nada”.
Os passageiros, então, começaram a ficar eufóricos pois estavam “presos” na aeronave, sem explicações concretas da tripulação nem do piloto. “No caso, a negligência foi também do aeroporto que deixou todo mundo preso sem autorização pra fazer nada, porque quem manda ali é eles e a PF. foi ai que um dos passageiros começou ligar pra PF, começou entrar em desespero”.
Um agente federal chegou na aeronave e questionou o porquê de a porta de emergência da aeronave ter sido aberta. A porta teria sido aberta por necessidade, já que um dos passageiros estava passando mal.
“Chegou a PF, disse que já sabia quem tinha aberto a porta, que não sei o que, que é crime. Mas tipo, agiu por necessidade. Não tem o que responder. A PF pediu pra ele ser encaminhado com eles, ai todo mundo levantou ‘não vai levar, se levar ele vai levar 150 pessoas’. Começou todo mundo levantar atrás do policial, e ele foi embora”, relatou.
Depois disso, os passageiros desceram do avião e ficaram aguardando o ônibus do aeroporto para levá-los até os portões. “Estávamos muito longe dos portões e ali passa muito avião, era perigoso acontecer outro acidente. E ai demorou mais ainda. E ai a gente foi sair de lá 2h. Até sair, chegar nos portões, eles dão um ‘parecer’. Na verdade, o parecer foi dado em torno de umas 3h”.
Por fim, N.F. relatou que a companhia não explicou em detalhes o que teria ocorrido para o cancelamento do voo. O piloto do avião, por sua vez, teria alegado que essa seria a terceira vez que a aeronave em questão apresenta problemas.
A acadêmica foi transferida para outro voo, que parte às 14h de Congonhas para Cuiabá. Procurada pela reportagem, a Gol e a Polícia Federal ainda não se manifestaram sobre o caso.
OLHAR DIRETO