O desaparecimento do piloto agrícola mato-grossense Maxsuell Lessa, de 37 anos, no Noroeste de Mato Grosso, completou quinze dias nesta sexta-feira (23). O avião que ele pilotava sumiu do radar no dia 8 de dezembro e ele não chegou ao destino.
Ele havia decolado de uma fazenda na zona rural de Rondolândia (1.062 km de Cuiabá), na Floresta Amazônica. Segundo informações, no hora do desaparecimento da aeronave chovia muito.
Pelas redes sociais, a família informou que Maxsuell era para ter pousado em uma fazenda a 100 km de distância do ponto de partida. Porém, ele não chegou ao destino. A região em que as buscas se concentram é de mata fechada, o que tem dificultado a localização do piloto.
Lessa é natural de Rondonópolis e se mudou para Rondolândia a trabalho. Ele é piloto agrícola desde 2012 e tem três filhos, ainda crianças.
No início desta semana Maysa Lessa, irmã de Maxsuell, divulgou que já haviam sido mobilizadas nas buscas um helicóptero, sete aviões, alguns cães farejadores, além de contarem com a ajuda de fazendas da região que cederam estadia para as equipes. Ela pediu contribuição para uma vaquinha que vai ajudar no custeio da operação.
Atualmente, atuam nas buscas o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e de Rondônia, a Força Aérea Brasileira (FAB), o Centro Integrado de Operações Aéreas de Mato Grosso (Ciopaer-MT), além de voluntários da região e de familiares e amigos do piloto.
A coronel do Corpo de Bombeiros, Vivian Riziolli Correa, que é diretora operacional e comandante do Comando Regional do CBM-MT, informou na última quarta-feira (21) que fatores como a complexidade do cenário e a área de mata muito densa, típica da Floresta Amazônica, têm dificultado a atuação das equipes por terra.
“As investigações se basearam do ponto de origem da decolagem até o ponto de destino. No momento nossas equipes empregadas são quatro bombeiros e dois cães farejadores. E atualmente temos o apoio do Corpo de Bombeiros de Rondônia, que está por terra, em buscas próximas ao rio Machado”, explicou ela.
Também na quarta (21), Diego Morais, cunhado de Maxsuell que está ajudando nas buscas, informou que recebeu uma nova pista. Trabalhadores de uma fazenda teriam visto o avião passando na data do desaparecimento, rumo a uma proa sentido Machadinho D’Oeste (RO). Essa área estava fora do perímetro de buscas. Com isso, foi alterada a base das buscas para aquela região.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que realizou operações de Busca e Salvamento cobrindo uma área de 7.380 km² e que suspendeu as buscas após nove dias de atuação e completa verificação da área do provável local da queda. Entretanto, ressaltou que a operação poderá ser reativada caso surjam novas informações sobre a aeronave ou sobre o piloto.
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