Mato Grosso será responsável por produzir quase 30% de toda safra de grãos do Brasil em 2023. É o que aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu boletim da Safra de Grãos, divulgado nesta quarta-feira (11). Os dados apresentados apontam que o Brasil deve produzir 310,9 milhões de toneladas de grãos. Desse montante, Mato Grosso vai produzir 90,897 milhões de toneladas.
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O segundo maior produtor de grãos será o estado do Paraná, com uma safra estimada em 45,041 milhões de toneladas, sendo acompanhado pelo Rio Grande do Sul, que deve produzir 38,516 milhões de toneladas. Portanto, o estado do Centro-Oeste produzirá mais do que os estados que ocupam o segundo e terceiro lugar no ranking.
A Conab também destaca que as principais culturas de Mato Grosso, o milho e a soja, foram beneficiadas com o volume de chuvas em dezembro, o que favoreceu o desenvolvimento das plantas. O plantio de milho já foi concluído, enquanto a soja começa a ser colhida, principalmente nas áreas que serão convertidas para a semeadura do algodão na sequência.
A última estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada em dezembro, diz que o estado vai produzir 41,46 milhões de tonelada de soja, em uma área de 11,81 milhões de hectares. Já a produção de milho deve alcançar 46,41 milhões de toneladas. A área utilizada para o cereal é de 7,42 milhões de hectares.
A Conab aponta também que cerca de 5% da safra de algodão já foi semeada e que o clima está propício para a cotonicultura, pois as chuvas se mostraram regulares, até o momento, permitindo umidade do solo para o desenvolvimento inicial das plantas. A área para o algodão é de 1,18 milhão de hectares e a estimativa de produção é de 4,91 milhões de toneladas.
O setor também deve continuar sendo beneficiado pelas altas cotações das commodities, que devem se estabilizar com os preços ‘nas alturas’, de acordo com o economista Vivaldo Lopes. Ao Estadão Mato Grosso, Vivaldo lembra que as commodities agrícolas valorizaram muito em 2021 e 2022, mas que agora a tendência é de estabilização, com pequenas flutuações nos preços.
“Os preços subiram muito de 2020 para cá, mas não devem subir em 2023, tanto os preços internacionais, como os preços locais. […] Então, eu vejo que vai estabilizar em patamares altos, tanto o preço da arroba do boi, como do algodão, da soja e do milho, pois se você comparar com 2019, houve um crescimento muito forte”, avalia o economista.
ESTADÃO MATO GROSSO