O delegado da Polícia Civil de Vera, Bruno Abreu afirmou que o inquérito que investiga a morte de Diego Kalininski, de 25 anos, durante uma abordagem da Polícia Militar no último final de semana, tem duas vertentes a legítima defesa e excesso. Entretanto, ele explicou que na ocasião o militar só tinha a arma para se defender das agressões.
Diego Kaliniski morreu na madrugada deste domingo (05), após ele se recusar a ser conduzido e ainda agredir PMs. O irmão dele acabou sendo baleado na ocasião.
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Narra o boletim de ocorrência, que os militares foram acionados por moradores sobre uma situação baderna com som alto. Quando chegaram no local, identificaram o autor e na abordagem ele teria reagido.
No vídeo que circula nas redes sociais, e mostra toda situação, é possível ver Diego resistindo à prisão. O irmão dele também intervém e tenta impedir que ele fosse levado para a delegacia.
Em determinado momento, a vítima toma o cacetete do PM e parte pra cima do militar com socos. Os militares reagiram e Diego acabou sendo baleado e morto. Um deles chega a tomar o cassetete do policial.
Em entrevista ao programa Real TV Sinop, da Record TV, Bruno Abreu, disse que um dos PMs chegou a dar dois tiros pra cima em sinal de alerta, mas não foi suficiente.
“Dois tiros já tinham sido dados pro alto e não foi suficiente. Ou seja, a legítima defesa dada por terceiros ao policial que estava atrás não foi suficiente para parar aquela sessão”, afirmou.
“Qual o meio disponível que ele tem? A arma, porque o cassetete que ele teria disponível (que ele usou antes) tomaram dele, a própria vítima tomou dele. Sem a arma ele vai usar o que? A mão? Ele vai usar a arma. Então é isso que vai ser apurado”, emendou.
No entanto, o inquérito vai apurar se os militares agiram em legítima defesa ou se de fato houve um excesso na abordagem.
“Se teve legítima defesa vamos apurar e se teve excesso também”, declarou.
A Corregedoria da Polícia Militar informou por meio de nota, logo após o acontecido, que instaurou um procedimento para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência. Além disso, os dois já foram afastados das atividades até conclusão dos inquéritos.
REPÓRTER MT