A aeronave ligada à quadrilha do ex-lobista Rowles Magalhães foi transferida para a Força Aérea portuguesa na última semana. O jatinho Falcom 900 deve ser utilizado no transporte de autoridades do país. Anteriormente, a areonave estava sob poder da Força Aérea Brasileria (FAB), depois de ter sido interceptada na Bahia com quase 500 quilos de cocaína.
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A transferência da aeronave para o governo de Portugal, segundo reportagem do O Globo, deu-se em decorrência da inadimplência da empresa de táxi aéreo Omni com a Parvalorem S/A, herdeira da massa falida do banco Banco Português de Negócios (BNP).
À época da apreensão, em fevereiro de 2021, ventilou-se que a empresa dona do jato Falcom 900 pertencia a Rowles Magalhães, ex-lobista do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e ex-assessor especial da vice-governadoria de Mato Grosso. A defesa do empresário, patrocinada pelo advogado Ricardo Monteiro, alegou, porém, que a ligação de Rowles com a empresa era limitada a um contrato de intenção de compra.
Um ano depois, com o aprofundamento das investigações, a Polícia Federal indiciou Rowles como um dos membros da ‘alta cúpula’ da organização criminosa que fazia o transporte de drogas entre o Brasil e a Europa. O ex-lobista ‘trabalhava’ ao lado da namorada, a doleira Nelma Kodama, que já havia sido presa na Operação Lava-Jato.
De acordo com a PF, o grupo criminoso era formado por doleiros, fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação, transportadores responsáveis pelos voos e pessoas que abriam a fuselagem das aeronaves para esconder o entorpecente.
Além de Rowles e Kodama, também foi preso o ex-secretário de Estado Nilton Borgatto pelo suposto envolvimento no tráfico internacional de drogas. Em novembro, o ex-gestor conseguiu habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.
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