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segunda-feira, 25, novembro, 2024

Jornalista preso em operação emprestava carro de imprensa para transportar drogas, aponta delegado

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O delegado da Polícia Federal, Antônio Flavio Rocha Freire, declarou que o jornalista Juvenilson dos Santos Martins emprestava um veículo da imprensa para transportar drogas, em Peixoto de Azevedo. O comunicador é acusado de  envolvimento com facção criminosa e foi preso na noite desta quarta-feira (8). Além de Juvenilson, outras oito pessoas foram presas preventivamente durante a segunda fase da Operação Dissidência II. 

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Segundo o delegado, o jornalista era considerado uma peça importante para o tráfico de drogas na região. Com o objetivo de despistar a fiscalização policial, Juvenilson entrevista o veículo da imprensa para fazer o transporte das substâncias ilícitas. 

“Um dos alvos, investigados e presos no dia de ontem, tinha uma participação importante para uma das facções criminosas, já que ele cedia um veículo da imprensa para transportar ilícitos e assim se furtar da fiscalização policial”, disse o delegado. 

Minutos antes de ser preso, o comunicador chegou a gravar um vídeo negando envolvimento com a facção criminosa. Ainda nos registros, Juvenilson afirmou ser vítima de uma perseguição política após começar a apurar uma suposta participação da presidente da Câmara Municipal, a vereadora Rosangela de Matos Dias, no crime organizado. 

“Não tenho envolvimento algum com o crime organizado. Não tenho contato com faccionado. Não faço parte de nenhuma quadrilha. Simplesmente tive contato com um ex-faccionado que estava disposto a fazer uma delação, entregar quem eu estava investigando, que é a presidente da Câmara de Peixoto de Azevedo”, disse o jornalista. 

Segunda fase 

Ao todo, 12 novos mandados de prisão foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá na segunda fase da Operação Dissidência. Dos 12, nove foram cumpridos ainda na noite desta quarta-feira (8). 

Ainda segundo o delegado, durante as investigações foi identificada uma troca de contato entre uma facção de Mato Grosso com lideranças de uma facção rival, em São Paulo. A cooperação entre ambas possibilitou o fornecimento de armas e estrutura para a facção mato-grossense. 

“Foi identificado, após a deflagração da Operação, que uma dessas facções contavam com o apoio estrutural de uma facção rival do estado de São Paulo. Essa facção passou a fornecer estrutura de armamentos para que essa facção aqui de Mato Grosso se capitalizasse e pudesse ir de frente a uma outra facção”, finalizou o delegado.

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