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domingo, 24, novembro, 2024

‘Não queremos que o país afunde para sermos salvadores da pátria’, diz Bolsonaro após retorno ao Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não quer que o Brasil afunde para que seja visto como “salvador da pátria”. A declaração foi dada pelo ex-mandatário em entrevista exclusiva ao Morning Show, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 30, dia em que retornou ao país após três meses nos Estados Unidos. Durante a participação, Bolsonaro também disse que fará expediente no partido, que vai dar sugestões às lideranças do partido e que tem uma preocupação “muito grande” com o futuro do Brasil. “Quem faz a oposição são os parlamentares. Chego na condição de uma pessoa mais velha, experiente, que vai fazer expediente no partido, servir de consulta para quem assim o desejar. Também vou dar minhas sugestões, ter uma linha direta com a liderança do partido na Câmara e no Senado. Nós não somos oposição, somos pró-Brasil. Queremos que o Brasil vá para frente. Não queremos que o Brasil afunde para aparecermos como salvador da pátria. Há uma preocupação muito grande com o destino do nosso país, em especial no tocante a economia”, disse Bolsonaro durante a participação no programa.

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Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro falou sobre os rumores de que sua esposa, Michelle Bolsonaro, se candidataria à Presidência da República em 2026, dizendo que ela já revelou a ele que não quer um cargo no Executivo. “Alguém lançou o nome dela e ela falou que não quer saber de cargo no Executivo. Até porque não tem a vivência. Ela é uma pessoa que não tem essa vivência política. Eu tive dificuldade para ser presidente mesmo com 28 anos de deputado federal. […] Para o Executivo ela não deseja não. Eu não vou proibi-lá (de se candidatar), mas ela já adiantou pra mim”, disse Bolsonaro. O ex-presidente também falou sobre os processos que enfrenta tanto no âmbito eleitoral quanto no criminal, dizendo que não vê “materialidade” nos casos eleitorais e que a PGR pediu o arquivamento dos itens relativos à CPI da Covid-19. “A questão do TSE, o advogado do partido está tratando desse assunto. Eu não vejo materialidade em nada. A ação mais forte contra mim é uma reunião com embaixadores em meados do ano passado. Porque? A política para tratar com embaixadores é prerrogativa minha. Não vejo motivo para me julgar inelegível por isso. Pressão criminal, é basicamente a CPI da Covid. A PGR tem pedido arquivamento de praticamente tudo”, disse o ex-mandatário.

O ex-presidente também comentou a polêmica envolvendo as joias recebidas como presentes, dizendo que as matérias dor jornais só foram publicadas porque os itens estavam documentados e que, se estivessem ilegais, não seriam achados. “Porque o Estado de SP. publica que eu tinha esse conjunto de joias? Estão cadastradas e documentadas. Se não estivessem documentados, não seriam achados. Se tivesse recebido para estar no bolso não teria achado. Isso não aconteceu. É muito simples: Entregamos o primeiro conjunto que chegou na Presidência. Recuperamos o outro conjunto da Michelle foi via ofício, não foi na mão grande. Não sei por que essa onda toda. Se estão achando isso como algo que eu fiz errado, fico até feliz. Não tem do que me acusar. Já esta pronto para ser entregue. Não gostei, fiquei chateado, entreguei o HK. Sou apaixonado por armas. Nunca, jamais vou ter uma joia com esse preço que está aí. Se fosse nossa, o que ia fazer com aquilo? Leiloar?”, pontuou Bolsonaro.

JOVEM PAN

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