Uma advogada, 50 anos, e sua irmã, 44 anos, foram detidas após armarem uma confusão na churrascaria JP Steakhouse, em Cuiabá, na noite da última sexta-feira (14). As duas não teriam gostado do sabor da carne do estabelecimento e acionaram Policiais Militares, que acabaram sendo agredidos ao informar que o descontentamento não configurava crime.
Conforme o boletim de ocorrências, registrado já na madrugada deste sábado (15), o fato ocorreu por volta das 22h de sexta-feira. As duas mulheres, nascidas no Rio Grande do Sul, moram atualmente no interior de Mato Grosso, nas cidades de Sinop e Nova Mutum.
A confusão no restaurante teria começado porque, inicialmente, as suspeitas consideraram que faltava sal na carne servida. Posteriormente, conforme relato das próprias mulheres, a carne estaria vindo salgada demais. Uma delas teria se dirigido à cozinha do estabelecimento, alegando que iria “ensinar” aos funcionários como se faz um churrasco de verdade.
Foi a advogada quem acionou a Polícia Militar. No entanto, com a chegada dos oficiais, a mulher se negou a levantar da mesa onde estava.
Os policiais relatam no boletim de ocorrências que evitaram entrar no restaurante para não causar maiores constrangimentos. Porém, diante da recusa da suspeita, os agentes se aproximaram e foram recebidos com insultos.
De acordo com o documento, a mulher teria ofendido os policiais com palavras de baixo calão e ameaçado os agentes, dizendo que teria influência com a Presidência da Ordem dos Advogados do Estado. Além disso, ela teria se indignado com o fato de os oficiais argumentarem que o descontentamento dela e da irmã não configurava um crime.
“Se você não serve para nada e não vai fazer nada, pode ir embora, pois isso não vai ficar de graça”, teria dito a advogada a um dos policiais.
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Uma grande confusão se armou neste momento e as mulheres teriam, inclusive, utilizado outros clientes da churrascaria como “escudo” para fugir da prisão.
Os policiais precisaram pedir reforço de outras viaturas para conter as suspeitas, que foram algemadas em razão da resistência à voz de prisão. Já na Delegacia, a advogada teria continuado as ameaças e xingamentos.
O caso deverá ser investigado pela Polícia Civil.
OLHAR DIRETO – ERIKA OLIVEIRA