A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (9) o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, em Santa Catarina, por suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano passado. Segundo as investigações, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno.
Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a PF, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste.
Os agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
O R7 apurou que outros ex-diretores também são alvo da operação. Segundo fontes, Silvinei deve ser levado para Brasília (DF).
A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.
Segundo a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.