A ex-assessora parlamentar da Câmara de Primavera do Leste (a 240 km de Cuiabá), Adalzigia Cristina Correa, denunciou o presidente do Legislativo, Valdecir Alventino, o Vado (PSD), por suposto crime de assédio moral. Conforme depoimento publicado nas redes sociais e boletim de ocorrência, Adalzigia alega que foi agredida verbalmente, após ter sido chamada atenção por “usar roupas vulgares”. A exoneração foi publicada na última terça-feira (22).
A servidora havia sido nomeada no dia 10 de janeiro deste ano. Ela conta que passou a ser alvo de reclamações de Vado e de outros membros da Casa pela forma como se vestia. A ex-sevidora relata chegou a ser alertada que precisaria “mudar”, caso contrário, eles “resolveriam a situação”.
“O posicionamento do presidente [Vado] me chamar para conversar, não me afetou em nada, mas a forma como me tratou na sala dele, [sim]. Me dizendo que eu não era nada, que para resolver o problema era só me mandar embora. Que quem era eu? Que não era para eu pisar de salto alto na sala dele e não foi isso que eu fiz [abaixar a cabeça], questionei ele. Não aumentei tom de voz, não falei de forma agressiva, apenas o questionei”, argumentou ela.
Na última segunda-feira (21), Adalzigia foi chamada até à Presidência da Câmara para conversar sobre o caso, onde segundo ela, passou a ser agredida verbalmente, provocando-lhe uma crise nervosa. Anlém disso, disse que precisou de atendimento médico. Ela destacou que é inaceitável que uma pessoa use da posição de poder para humilhar servidores.
“Uma coisa que sou, é muito franca, verdadeira, sem querer agredir ninguém ou passar por cima, só que para algumas pessoas isso é inaceitável, principalmente se ela estiver em uma posição de poder […] essas pessoas usam do poder para te humilhar e falar certas coisas. O que eu passei na sala da presidência foi apenas um gatilho de tudo que eu já passei”, completou
“Falaram que a minha roupa [não era condizente], que não me porto [de maneira descente], que o meu tipo de vestimenta não é adequado para estar ali, que eu sou vulgar, indecente”, acrescentou.
Ao , explicou que estava lotada no gabinete da vereadora Enfermeira Giovana (MDB) e que a parlamentar teria procurado Vado para impedir a exoneração, porém, irredutível, o presidete da Câmara manteve a decisão.
Adalgiza destacou ainda que sua defesa deve acionar a Justiça, já que há testemunhas sobre a forma como foi tratada. O caso foi registrado pela Polícia Civil como injúria.
Reprodução
O outro lado
A reportagem tentou contato com o presidente da Câmara de Primavera do Leste, porém, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
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