A cidade de Aparecida, no interior de São Paulo, ganhou um novo atrativo para os fiéis católicos e para o público em geral. Uma imagem de Nossa Senhora Aparecida com 50 metros de altura — maior do que o Cristo Redentor —, cuja inauguração aconteceu no sábado 7.
Enquanto o cartão-postal do Rio de Janeiro tem 38 m de altura (30 de estátua mais 8 de pedestal), a obra do escultor Gilmar Pinna tem 45 m de estátua e mais cinco de base. Seu custo foi de aproximadamente R$ 10 milhões, e o material utilizado, o aço.
Em entrevista à Folha de S.Paulo em 2022, Pinna afirmou que a obra era fruto do pagamento de uma promessa, que havia feito à Padroeira do Brasil, de 38 anos atrás. “Eu comecei a construção em 2017, tudo com recurso próprio”, disse.
Associação entrou na Justiça contra a escultura
“Em valores atuais já gastei cerca de R$ 8 milhões nela”, calcula. “Mas teve problema na Justiça, fruto de intolerância religiosa.”
O episódio a que se refere foi em 2019. Na ocasião, a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) moveu uma ação contra a sua instalação.
A Atea questionava a legalidade do uso de recursos públicos para monumentos de caráter religioso. A Justiça acolheu o pedido e barrou a continuidade da obra.
Três anos depois, juiz liberou a construção
“Ficou tudo parado desde 2019 e vandalizaram, roubaram várias partes”, lamentou o escultor. Apenas em março de 2022 o Tribunal de Justiça revogou a decisão e a obra pôde seguir, sendo entregue depois de seis anos do início dos trabalhos.
No entendimento do desembargador Ponte Neto, o turismo religioso é a principal atividade econômica de Aparecida. Portanto, a obra representaria um investimento na economia do município.
A escultura fica a 3 quilômetros da Basílica de Nossa Senhora de Aparecida. O romeiro, fiel ou turista pode avistá-la até a 6 km de distância.
REVISTA OESTE