A prefeitura de Sinop confirmou oficialmente a contratação de uma nova empresa para assumir a gestão das Unidades de Saúde do município. Essa medida ocorre após o Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP) ter sido afastado judicialmente no mês passado, em decorrência de uma operação da Polícia Civil que investiga o envolvimento de uma organização criminosa em fraudes e desvios de dinheiro.
A conclusão do contrato emergencial foi anunciada ontem (22). A nova contratada é a OSS Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde, que gerenciará diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e instituições de atendimento emergencial, como a UPA 24 horas, policlínica Menino Jesus e Unidade de Resgate Avançado Suporte à Vida 24 horas.
O novo contrato com a OSS Instituto de Desenvolvimento terá validade por 180 dias. O valor do contrato é de R$ 33 milhões.
Segundo a assessoria de comunicação, a empresa vencedora foi selecionada com base no menor preço e na capacidade técnica para desenvolver, manter e garantir a continuidade dos serviços de saúde pública no município.
A assessoria da prefeitura informou que ontem (22) o secretário de Saúde, Robinson Martins, e a comissão de ocupação provisória, composta por quatro servidores efetivos, se reuniram com a coordenação dos setores para discutir detalhes do processo de transição.
Até o momento, o prefeito Roberto Dorner não se pronunciou publicamente sobre essa decisão.
Operação Cartão-Postal
A deflagração da operação Cartão-Postal da Polícia Civil apura a atuação de uma organização criminosa na gestão da Saúde de Sinop.
A investigação, segundo a PC, concluiu que o suposto esquema favoreceu instituto IGPP (Instituto de Gestão de Políticas Pública) para atuar na terceirização da prestação de serviço e fraudar contratos para obter lucros.
Ao todo, R$ 87,4 milhões em contas e bens de 43 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, foram bloqueados pela Justiça.
A operação realizou buscas e apreensões de duas pessoas próximas ao prefeito: Daniela Galhardo, secretária municipal de Saúde, que já é alvo de outra investigação aberta pelo Ministério Público, e do procurador-geral da prefeitura, Ivan Schneider.
As investigações continuam sob sigilo da polícia.
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