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domingo, 24, novembro, 2024

Autor de assassinato de família em Sorriso observava mãe levar filhas para escola

O autor confesso das mortes de Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, e as suas filhas Miliani Calvi Cardoso, 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos e Melissa Calvi Cardoso, 10 anos, observava a família saindo de casa para irem à escola. No entanto, Gilberto Rodrigues dos Anjos, 32 anos, alegou nunca ter tido contato com as vítimas antes do crime. 

A declaração do criminoso foi dada em depoimento, após ser preso em flagrante na última segunda-feira (27), na delegacia de Sorriso (a 395 km de Cuiabá). 

Às autoridades policiais, o autor do crime relatou que trabalhava como pedreiro em uma obra no terreno ao lado da casa das vítimas e dormia no local, por isso sempre via as vítimas saindo de casa pela manhã. Detalhou ainda que era a mãe quem levava as filhas para escola. 

O criminoso sabia que as vítimas ficavam em alguns períodos sozinhas em casa, já que os esposo e pais delas, trabalha viajando como caminhoneiro.


Depois de cometer o crime bárbaro, Gilberto teria retornado para a obra. Na segunda (27), o pedreiro trabalhou normalmente como se nada tivesse acontecido até a chegada dos policiais e o início das investigações. 

Consta ainda no documento que após dar detalhes da cronologia do crime e sobre como invadiu a casa das vítimas, o acusado foi questionado se retornou à residência no dia seguinte, ponto que ele negou. 

No decorrer da declaração, o interrogado alegou não saber se havia câmeras de segurança na residência e acrescentou que no quintal da residência haviam dois cachorros, mas que nenhum deles o atacou durante a invasão.

Prisão em flagrante

Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, foi preso em flagrante após dligências realizada pela equipe da Divisão de Homicídios. Os investigadores seguiram com as diligências em duas obras em construção, onde vários homens trabalham.

Entre os cinco trabalhadores do local, foi informado que um deles dormia na obra, identificado como Gilberto Rodrigues dos Anjos. Ao ser entrevistado pelos policiais, ele ficou nervoso e alegou que não ter ouvido qualquer barulho na casa das vítimas durante o final de semana. 

Durante checagem dos dados pessoais, a equipe policial apurou que contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um pela Comarca de Lucas do Rio Verde por crime sexual, e outro pela Comarca de Mineiros, em Goiás, pelo crime de latrocínio. 

Na casa das vítimas, a perícia da Politec encontrou marcas de chinelo no piso manchado com sangue. Ao vistoriar os pertences do suspeito, os policiais civis encontraram um chinelo com as mesmas características das marcas no piso da residência da família e foi confirmado pela perícia se tratar do mesmo calçado marcado no piso. 

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