As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul já impactam o varejo na região norte de Mato Grosso, principalmente em cidades como Sorriso, Sinop, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. De acordo com informações apuradas pelo Nortão MT Press, redes de supermercados e mini atacarejos começaram a limitar a venda de arroz, feijão e laticínios.
Embora o Rio Grande do Sul seja um importante produtor de soja e milho, o impacto dessas commodities na inflação do varejo é mais indireto, pois elas são utilizadas principalmente na ração animal. A expectativa inicial é que a demanda por esses produtos possa ser suprida por outras regiões do país.
Alguns consumidores já relataram sentir os efeitos das inundações. Valdomiro Ferreira, morador de Sorriso, disse que não percebeu aumento nos preços até o momento, mas Joana Batista, de Lucas do Rio Verde, pretende comprar grandes quantidades de arroz e óleo de soja neste sábado (11), com receio de desabastecimento e aumento de preços.
Apesar das perdas significativas nas safras e na produção de carne, o impacto sobre os preços dos alimentos e a inflação deve ser menor do que o esperado. Isso se deve à baixa representatividade do Rio Grande do Sul na produção de algumas culturas importantes. Por exemplo, o estado responde por 70% da oferta nacional de arroz, 45% da produção de trigo e menos de 15% da produção de soja.
No caso do arroz, o maior risco está no fato de que 83% dos 900 mil hectares cultivados com o cereal já haviam sido colhidos até o início desta semana. Dos 17% restantes, que ainda podem ser perdidos, 1,3 milhão de toneladas seriam colhidas, o que representa 12% da produção nacional.
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