Apesar da retração de 0,07% na projeção do custeio da safra 2024/25 de milho em Mato Grosso, o Ponto de Equilíbrio para pagar as despesas segue superior a temporada 2023/24. Para se ter uma ideia, o valor necessário para cobrir o Custo Operacional Efetivo (COE) é 3,80% maior ao preço médio da saca de 60 quilos negociada em julho.
Em julho, o custeio da safra 2024/25 de milho em Mato Grosso ficou cotado em média a R$ 3.226,35 o hectare. Um “declínio” de apenas 0,07% em relação às perspectivas de junho.
Tal recuo, segundo o Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuários de Mato Grosso Safra 2024/25 (Acapa-MT), foi impulsionado pela diminuição no custo com sementes e defensivos, de 2,16% e 2,32%, respectivamente.
Com o ajuste observado no custeio, além do decréscimo nas despesas com o arrendamento, o COE ficou em R$ 4.584,29 o hectare, 0,11% menor que em junho.
Entretanto, de acordo com o acompanhamento, ao se analisar o Ponto de Equilíbrio, levando em consideração a produtividade média de 114,04 sacas por hectare da safra 2023/24, uma vez que ainda não há projeções para o ciclo 2024/25, o produtor necessita negociar a saca de milho a pelo menos R$ 40,20 na safra 2024/25 para cobrir o COE.
Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o valor necessário é 3,80% superior ao preço médio de R$ 38,73 ao qual a saca de 60 quilos foi comercializada no mês de julho.
“Assim, apesar do recuo nas despesas com insumos para a temporada futura, o Ponto de Equilíbrio continua superior ao da safra 2023/24”, frisa o Imea.
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