O governador Mauro Mendes, ao anunciar o programa “Tolerância Zero ao Crime Organizado”, nesta segunda-feira (25.11), afirmou que as novas medidas visam sufocar a criminalidade e mudar a realidade dos presídios que viraram “home office de bandidos”.
Dentre as ações do programa, está a criação da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), sob comando do delegado Vitor Hugo Bruzulato. A secretaria será a responsável por administrar os Sistemas Penitenciário e Socioeducativo e a política estadual sobre drogas.
O governador afirmou que o novo programa foi inspirado no sucesso do “Tolerância Zero contra as Invasões de Terra”, lançado em março de 2023 e que impediu todas as tentativas de invasão em Mato Grosso.
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“Embora tenhamos investido em reestruturação policial, novas contratações, tecnologia e capacidade de resposta, essas medidas não foram suficientes para conter o avanço da criminalidade. Por isso, estamos implementando novas ações para, efetivamente, sufocar o crime organizado e garantir a segurança da população”, afirmou.
Mauro foi enfático ao afirmar que “presídio não é home office de bandido” e que serão tomadas medidas para garantir que as prisões cumpram seu papel na ressocialização e contenção da criminalidade.
“Temos que ter em mente o papel fundamental dos presídios na sociedade, de maneira que isso assegure o cidadão e que não permita regalias”, disse ele.
Mauro reforçou a importância da união entre as forças de segurança, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, OAB e demais órgãos para o avanço do programa.
“A eficiência deste programa se deve à estratégia centralizada na união, no diálogo permanente e, principalmente, na confiança entre todos os envolvidos. Essa abordagem integrada é fundamental para alcançar os nossos objetivos. Com o trabalho conjunto, esperamos resultados ainda melhores no combate à criminalidade”, declarou.
O governador também defendeu leis mais rigorosas e inteligentes que combatam toda a cadeia do narcotráfico, desde o transporte até a receptação, e não apenas o tráfico em si.
“Precisamos de leis mais duras, mas inteligentes. Não adianta simplesmente aumentar as penas sem pensar nas consequências. Por exemplo, se endurecêssemos drasticamente a pena para o transporte de drogas e friso, transporte, não apenas o tráfico, teríamos um impacto gigantesco no abastecimento do mercado. É preciso ser estratégico”, completou.
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