No dia 27 de novembro, a cidade de Sorriso, no Mato Grosso, relembrou um dos crimes mais brutais de sua história recente. Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, e suas três filhas, Miliane Calvi Cardoso, 19, Manuela Calvi Cardoso, 13, e Melissa Calvi Cardoso, 10, foram assassinadas de forma violenta dentro de casa. Um ano após a tragédia, o acusado permanece preso, mas o julgamento ainda não ocorreu.
O crime
O caso veio à tona na manhã do dia 27 de novembro de 2022, quando Regivaldo Batista Cardoso, marido de Cleci e pai das meninas, estranhou a falta de notícias da família enquanto trabalhava como caminhoneiro. Ele pediu que vizinhos e a polícia fossem até sua residência, onde as vítimas foram encontradas brutalmente assassinadas.
Segundo as investigações, o autor do crime, Gilberto Rodrigues, 32 anos, um pedreiro que trabalhava próximo à casa das vítimas, confessou os homicídios após ser preso. Ele admitiu ter invadido a residência durante a madrugada, motivado por intenções criminosas contra Cleci. Durante a invasão, violentou e assassinou a mãe, além de esfaquear Miliane e Manuela. Melissa, a caçula, foi asfixiada com um travesseiro.
Gilberto relatou à polícia que conhecia a rotina da família e sabia que as mulheres estavam sozinhas, pois Regivaldo frequentemente viajava a trabalho. Ele entrou na casa através de uma janela do banheiro e surpreendeu Cleci, que tentou reagir, mas foi imobilizada. As filhas, ao ouvirem os barulhos, se levantaram e também foram atacadas.
Em 6 de dezembro de 2022, Gilberto Rodrigues foi indiciado por homicídio qualificado, estupro, estupro de vulnerável e homicídio qualificado por asfixia. Em 22 de julho deste ano, a Justiça determinou que ele fosse levado a júri popular, mas a data ainda não foi marcada.
A homenagem
Nas redes sociais, Regivaldo Batista Cardoso compartilhou uma homenagem emocionada à esposa e às filhas. Rodeado por familiares, incluindo irmãs de Cleci, a avó das meninas e sobrinhos, ele expressou a dor de viver sem as pessoas que eram o centro de sua vida.
“As minhas meninas, onde vocês estão agora? Tiraram vocês de mim! Tiraram de nós! Vocês eram tudo para nós. Era a minha vida, a vida das tias, a vida das pessoas que estão aqui. Vocês eram a nossa alegria, e hoje, Cleci, Manuela, Melissa e Miliane, vocês não estão mais aqui. Eu estou aqui, na esperança de um dia nos encontrarmos de novo”, disse a avó Soeli Calvi, emocionada.
Regivaldo também destacou a saudade que o tempo não consegue apagar. “O tempo passa, e cada dia aumenta mais a saudade, mas permanecem conosco as melhores lembranças”, finalizou.