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quinta-feira, 28, novembro, 2024

Pai e marido de vítimas da ‘chacina de Sorriso’ fala sobre saudades e cobra justiça

Um ano depois do crime que abalou o Brasil, conhecido como a Chacina de Sorriso, as famílias das vítimas ainda aguardam por justiça. O caso vitimou Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, suas três filhas — Miliane, 19 anos, Manuela, 13 anos, e Melissa, 10 anos —, e deixou o pai e marido, Regisvaldo Cardoso, marcado por uma perda irreparável. O principal suspeito, o pedreiro Gilberto dos Anjos, aguarda julgamento, mas nenhuma data foi marcada até o momento.

Em entrevista ao programa SBT Urgente, Regisvaldo falou sobre a saudade da família e a dificuldade de seguir em frente.

“Fica esse sentimento de tristeza que nunca vai sair da gente, nunca vai passar. Cada dia que passa a gente sente mais falta. O fato de você levantar e não poder dar um abraço, não receber um bom dia da filha, da esposa. Chegar de viagem e não ter a família te esperando, isso é doloroso, é difícil. Elas brincavam muito aqui no parquinho, a gente gostava bastante de vir aqui. Bate a saudade, a vontade de chegar em casa e ficar com elas”, desabafou o caminhoneiro.

A demora no julgamento também é um fator que tem gerado frustração na família das vítimas. Segundo Regisvaldo, embora uma condenação não traga de volta seus entes queridos, a esperança é que a justiça seja feita.

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“A gente acha que nunca vai acontecer com a gente, e quando acontece, a gente vê como a Justiça no Brasil é demorada mesmo. Não que isso vá trazer um alento para a família, não vai. Não vai trazer elas de volta para nós. Mas o que ele tirou da gente é um pedaço nosso. Ele me partiu no meio, partiu a minha sogra no meio, a família toda está despedaçada. Gostaríamos de ver a Justiça sendo um pouco mais ágil”, declarou.

O processo, conduzido pela 1ª Vara Criminal de Sorriso, acolheu em julho as alegações finais do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, determinando que Gilberto dos Anjos seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri. Contudo, ainda não há previsão para a realização do julgamento.

O advogado da família, Conrado Pavelski Neto, tem atuado para agilizar o processo e garantir que o caso seja levado a julgamento o mais breve possível. “Pelas provas apresentadas no processo, todos os crimes imputados ao Gilberto deverão ir a júri”, afirmou Pavelski.

Enquanto isso, Regisvaldo e os familiares das vítimas seguem convivendo com a dor da perda e a esperança de que a justiça seja feita para honrar a memória de Cleci, Miliane, Manuela e Melissa.

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