Um caso envolvendo a morte de Luís Carlos Gimenes, de 47 anos, após passar uma semana na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sinop, tem gerado indignação e apelos por justiça por parte da família. A ex-esposa do paciente entrou em contato com a redação do site Nortão MT para relatar os momentos de agonia vividos por Luís e a luta pela transferência dele para outra unidade de saúde.
De acordo com o relato, Luís Carlos permaneceu internado na UPA de Sinop por uma semana, apresentando um quadro de dores intensas. “Todos os dias eu ia e pedia para eles verificarem. Eu dizia que ele não estava bem, mas falavam que ele estava estável”, afirmou a ex-esposa. Somente após procurar a Defensoria Pública, ela conseguiu a transferência de Luís para o Hospital Regional de Sorriso. Contudo, a transferência foi tardia, e ele veio a óbito logo após chegar à nova unidade. Inclusive possui laudo médico solicitando urgência de transferência para um Hospital.
“Ficou na UPA uma semana agonizando de dor. Eles diziam que ele estava estável. Fiz um registro na ouvidoria porque a médica deu um laudo falando que ele estava bem, mas eu não aceitei, pois ele estava morrendo”, lamentou a ex-esposa.
“Minha filha ficou sem pai”
Além do luto pela perda, a família enfrenta o trauma deixado pela situação. “Todos os dias, durante uma semana, eu fui lá, pedi e falei que ele ia morrer. Fui até na diretoria, mas falavam que ele estava bem. Minha filha de 13 anos ficou sem pai. Eles não se desgrudavam por nada. Agora ela não dorme mais”, desabafou a mãe da adolescente.
Denúncias ignoradas por veículos locais
A ex-esposa também revelou sua frustração com a falta de apoio de veículos de comunicação de Sinop. “Procurei vários veículos para divulgar a denúncia, mas ninguém quis reproduzir. Fiquei chocada”, disse. Documentos apresentados pela família e anexados à denúncia reforçam a acusação de negligência no atendimento prestado pela UPA.
Família pede justiça
A morte de Luís Carlos é vista pelos familiares como mais um caso de negligência médica envolvendo a unidade de saúde. A família agora pede que as autoridades investiguem o caso e que providências sejam tomadas para evitar que outras famílias passem pela mesma dor.
Nortão MT