Um homem de 51 anos, morador de Querência, poderá ser enterrado como um “indigente” após a família, em viagem ao Estado da Bahia, fazer “pouco caso” do parente.
Segundo um boletim de ocorrência, Wanderley Ferreira Lima, de 51 anos, teve a morte atestada no Hospital Municipal Lorena Parode, em Querência, na madrugada deste sábado (28). A causa do óbito não foi divulgada.
A equipe de enfermagem da unidade de saúde acionou um investigador da Polícia Judiciária Civil (PJC), que após realizar pesquisas obteve o contato de uma ex-mulher de Wanderley. Ela, por sua vez, passou o telefone de uma irmã do homem de 51 anos ao policial civil.
O investigador relatou no boletim de ocorrência que a irmã de Wanderley viajava com a família para a Bahia. O policial civil advertiu a parente de que se a família não tomasse à frente dos procedimentos fúnebres, a prefeitura de Querência enterraria o falecido.
No boletim, o investigador contou que a família de Wanderley “fez pouco caso”, e “não demonstrou muito interesse em vir até esta cidade e resguardar o corpo do irmão falecido”.
O Direito Brasileiro possui diversas lacunas na seara do post-mortem – o “Direito” das pessoas mortas, acesso a rituais fúnebres, como o sepultamento, por exemplo. Há correntes legais, no entanto, que apontam que a Polícia Militar deve intervir quando uma família se recusa a sepultar um parente.
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FOLHA MAX – DIEGO FREDERICI
