Na sexta-feira, 10 de janeiro, uma operação conduzida pela Delegacia de Lucas do Rio Verde, com apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec-MT), revelou a existência de um cemitério clandestino próximo ao bairro Tessele Junior. No local, foram encontradas 14 vítimas enterradas em dez covas, a maioria em avançado estado de esqueletonização. Uma delas, ainda em putrefação, aponta para um homicídio recente.
A descoberta ocorreu após a prisão de um homem durante uma operação da Cavalaria da Polícia Militar. Ele forneceu informações que levaram os investigadores a uma área de mata, utilizada por uma facção criminosa para ocultar corpos. Durante a abordagem, um suspeito de 19 anos foi morto em confronto com os policiais.
Indícios de tribunal do crime
O delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres afirmou que o local era usado para execuções e aplicação de “salves” por uma organização criminosa. Vestígios encontrados, como cigarros, facas, cordas e telefones celulares, reforçam a hipótese. “Os desaparecimentos investigados estão diretamente ligados à guerra entre facções”, explicou.
A investigação aponta que vítimas eram levadas ao local por demonstrarem alinhamento com facções rivais ou desobedecerem às normas internas.
Operação continua
No sábado (11), novas diligências com auxílio de cães farejadores do Corpo de Bombeiros foram realizadas para localizar mais vítimas ou evidências. As ossadas encontradas passarão por exames periciais para identificação.
A operação envolveu a Guarda Municipal, responsável por isolar a área e garantir a segurança da equipe. “Esse trabalho reflete nosso compromisso em trazer respostas à sociedade”, destacou o delegado Allan Vitor.
As investigações prosseguem para identificar os responsáveis pelos crimes e elucidar os casos.
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