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quinta-feira, 30, janeiro, 2025

Cinturão do agronegócio: Com 40 anos na justiça, disputa por 150 mil hectares pode chegar ao fim em Sorriso

A Justiça do Mato Grosso resolveu uma disputa que se arrastava por quatro décadas sobre terras localizadas em uma das regiões mais produtivas do agronegócio brasileiro, na área de Sorriso e arredores, o cinturão da soja, milho e algodão. No entanto, a decisão ainda pode levar anos para ser totalmente resolvida.

Em vez de desalojar os ocupantes das terras, a sentença determinou que os proprietários originais sejam indenizados pelo valor das propriedades, que, embora ainda pendente de cálculo, pode alcançar uma cifra bilionária, dada a alta demanda por terras agrícolas na região. A decisão é passível de recurso, e os advogados indicam que o processo pode se estender por mais de uma década, totalizando até 50 anos nos tribunais.

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O caso remonta a 1984, quando o casal de americanos Edmund Augustus Zanini e Therese Frances Zanini procuraram reparação na Justiça após descobrirem que haviam sido vítimas de uma fraude cartorial. Na época, grileiros conseguiram registrar uma vasta propriedade de 149 mil hectares, aproximadamente o tamanho da cidade de São Paulo, em nome de terceiros.

A família Zanini havia chegado ao Brasil nos anos 1960, em busca de novas oportunidades de negócios no Centro-Oeste brasileiro. Vendendo propriedades nos EUA, o casal adquiriu terras no Mato Grosso e Goiás, áreas ainda inexploradas e sem infraestrutura significativa. No entanto, uma fraude permitiu que a terra fosse vendida ilegalmente, o que gerou a longa disputa judicial.

Este desfecho traz consigo implicações não apenas para os envolvidos diretamente no caso, mas também para o futuro das propriedades agrícolas da região, em um contexto de crescente valorização das terras e da expansão do agronegócio no Brasil.

O desfecho da disputa traz à tona a complexidade da regularização fundiária no Brasil, especialmente em regiões-chave para o agronegócio, e abre um novo capítulo para os envolvidos, mas o caminho legal ainda parece ser longo e imprevisível.

Leia a reportagem completa no Estadão: Link da reportagem

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