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terça-feira, 1, abril, 2025

Primeira-dama de Nova Mutum afirma que oposição tenta manchar sua honra após críticas sobre gastos com decoração

A primeira-dama e secretária de Assistência Social de Nova Mutum, Aline Félix, usou suas redes sociais para se defender das acusações sobre os gastos com a decoração do evento “Flor e Ser”, realizado em março para homenagear o mês das mulheres. O tema ganhou repercussão após o vereador Ricardo Schneider questionar o investimento de R$ 251 mil para a ornamentação temporária do evento, que irá durar 30 dias.

Aline Félix afirmou que a polêmica tem motivações políticas e atacou a oposição. “Se o objetivo do vereador é manchar minha honra e a honra de uma equipe que trabalha duro nas licitações, quero dizer que não vai conseguir! Somos honestos e fazemos tudo dentro da lei! A minoria e oposição nunca vai me representar!”, escreveu a primeira-dama.

Em outro trecho do desabafo, Aline disse estar se sentindo desrespeitada e desvalorizada. “Estou me sentindo desrespeitada, desvalorizada como MULHER em pleno mês em que comemoramos nossa existência e força! Estou abismada com a maldade e interesse político de alguns seres humanos! De verdade, onde vamos chegar com tanta maldade?”, desabafou.

O vereador Ricardo Schneider, por sua vez, reforçou que não é contra a realização do evento, mas considera o valor da decoração excessivo. O tema também chamou a atenção de deputados estaduais, como Hugo Garcia (Republicanos) e Gilberto Cattani (PL), que se posicionaram a favor da transparência nos gastos públicos.

Hugo Garcia destacou que o montante gasto com a decoração poderia ser investido na saúde pública. “Esse valor poderia ser direcionado para exames e procedimentos médicos, especialmente voltados para a saúde da mulher e da população de Nova Mutum”, afirmou o parlamentar.

Filas na Saúde e a Espera por Especialistas

Enquanto o debate sobre os gastos com a decoração segue movimentando o cenário político de Nova Mutum, outro problema preocupa a população: a longa espera por consultas com especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS).

Um levantamento baseado na Lei de Acesso à Informação revelou que Mato Grosso tem um dos maiores tempos de espera do país, com uma média de 79 dias. Em alguns casos, os pacientes podem aguardar até 516 dias para conseguir atendimento.

Em Nova Mutum, a situação não é diferente. A secretária de Saúde, Sônia Ávila, informou que o tempo de espera para consultas especializadas varia entre 60 e 180 dias, dependendo da área médica. Segundo ela, a maior dificuldade é a falta de prestadores de serviço dispostos a atuar na rede pública.

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“Quando temos prestadores de serviço no município, o tempo de espera é em média 60 dias. Nos casos em que não há prestadores, o tempo médio de espera pode chegar a 120 ou até 180 dias. Algumas especialidades são difíceis de encontrar prestadores, inclusive em outros municípios do estado, o que pode ocasionar um tempo maior de espera”, explicou Sônia.

A discussão levanta um ponto central sobre as prioridades da gestão pública e o uso dos recursos municipais. De um lado, a prefeitura defende a realização de eventos culturais e sociais. Do outro, a oposição e parte da sociedade questionam se o investimento de R$ 251 mil em decoração para um evento temporário é justificável, diante dos desafios enfrentados na saúde pública do município.

Nortão MT com PowerMix

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