O ex-jogador do Cuiabá Esporte Clube, Clayson Henrique da Silva Vieira, de 26 anos, disse à Polícia Civil que a garota de programa, Danielle Sarti de Freitas, de 22 anos, se automutilou e não foi agredida por ele. Clayson prestou depoimento à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá e confirmou que estava na boate Crystal Night Club com outros dois amigos, no dia da confusão, na madrugada do dia 7 de dezembro.
De lá eles foram para um motel na Avenida República do Líbano, região de saída para Chapada dos Guimarães, com três garotas de programa, que trabalham com dançarinas na boate. De acordo com reportagem do site Olhar Direto, os depoimentos de dois amigos do jogador e outras duas garotas são parecidos e rebatem a versão apresentada por Danielle.
Já foram ouvidos no inquérito o empresário Daniel Soares, de 27 anos, e o engenheiro Paulo Henrique da Silva, de 30 anos, bem como as garotas Lylia de Lima, de 27 anos, e Aline Lopes, de 28 anos, que também estavam no quarto de motel no dia da confusão.
Conforme a versão relatada pelo jogador, chegando ao motel, Danielle teria insistindo para pagamento adiantado. Em determinado momento, Clayson teria falado que pagaria o dobro do combinado para ela ir embora, momento em que as cobranças cessaram. O programa foi realizado, mas Danielle teria insistido para comprar drogas, o que foi negado pelos demais presentes.
Os relatos feitos na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, apontam que Danielle não teria sido agredida por Clayson, pois seria ela quem teria partido para cima dos clientes, com mordidas, arranhões e até garrafadas. Os cortes no corpo de Danielle teriam sido provocados por ela mesma.
Clayson também afirmou à Polícia Civil que o jogador do Cuiabá, Rafael Gava, não estava presente no motel e nem na boate. Rafael também foi acusado por Danielle de estar presente nos dois locais e de tê-la agredido. Ao registrar boletim de ocorrência, ela o relacionou como um dos envolvidos na confusão. Contudo, Rafael divulgou nota afirmado que estava com familiares e negou qualquer participação no episódio de violência.
Pela versão de Clayson à Polícia Civil, ao ir embora uma nova discussão entre os presentes teria se iniciado e a garota passou a se mutilar – posteriormente, expondo o caso nas redes sociais.
Clayson é investigado em inquérito instaurado para apurar a suposta agressão. Após o episódio, o Cuiabá Esporte Clube comunicou que encerrou o contrato com o jogador que foi “devolvido” ao Bahia, de onde foi emprestado.
Airton Werlang, 57 anos, gerente da Boate Crystal, também foi ouvido no inquérito e relatou que foi acionado por Danielle através de uma ligação efetuada por ela por volta das 5h10, quando a boate já estava fechada.
Ela pedia ajuda dizendo que tinha sido agredida pelos clientes, que um deles a segurava enquanto os outros a agrediam e que alguém havia jogado uma garrafa contra ela. A garota também relatou ao gerente que ela própria quebrou outra garrafa e passou a se automutilar. Airton diz ter orientado Danielle a chamar a polícia e pedir que o pessoal do motel trancasse os portões e não deixasse que ninguém saísse e que ele também estava indo pra lá.
O gerente disse que foi até o motel, mas não conversou com os rapazes. No entanto, perguntou para as duas garotas que estavam presentes e ambas falaram que Danielle havia se cortado com a garrafa e que nenhum dos rapazes a agrediu.
Elas disseram a Airton que Danielle teria tido essa reação porque ela queria droga, mas todos se recusaram a pedir ou ir atrás. O gerente entregou à Polícia Civil um pen drive com imagens do local que vão de 1h às 4h. As investigações continuam em andamento.
Fonte: Assessoria com Olhar Direto