O Sindicato Rural de Sinop emitiu nota de repúdio, nesta quinta-feira (14.07), contra a decisão do senador Carlos Fávaro (PSD) e do deputado federal Neri Geller (PP), pré-candidato ao Senado, em compor com a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), para garantir palanque em Mato Grosso, para pré-candidatura à Presidência da República do ex-presidente Lula (PT). No comunicado, assinado pelo presidente da entidade, Ilson Redivo, eles citam a relação da esquerda com o Movimento Sem Terra (MST).
“O Sindicato Rural de Sinop, a pedidos de seus associados, vem a público para comunicar seu repúdio com a atitude de apoio de Carlos Fávaro e Neri Gueller à eleição de candidatos dos partidos dos trabalhadores. Como é de conhecimento público, o Partido dos Trabalhadores atua em conjunto e apóia o M.S.T., organização criminosa que invade, depreda, incendeia propriedades adquiridas com trabalho e esforço de famílias honestas”, consta em trecho da nota.
No início desta semana Fávaro e Neri estiveram reunidos com o ex-presidente Lula em Brasília. No encontro, foi alinhada a aliança do PSD e PP em Mato Grosso e ficou definida a pré-candidatura do progressista ao Senado na chapa Lula-Alckmin. O objetivo é garantir a aproximação do líder do PT ao agronegócio.
Além disso, o Sindicato Rural já foi comandado pelo produtor Antônio Galvan (PTB), que está afastado do comando da Aprosoja Brasil e é pré-candidato ao Senado. Em agosto do ano passado, ele foi alvo de mandado de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Mato Grosso, em ação que investigava incitação de atos violentos e ameaçadores contra a democracia, à favor do presidente Bolsonaro. Na época, a entidade chegou a realizar um ‘tratoraço’ na cidade quando Galvan foi prestar depoimento na Polícia Federal.
Confira abaixo a íntegra da nota:
NOTA DE REPÚDIO:
O Sindicato Rural de Sinop, a pedidos de seus associados, vem a público para comunicar seu repúdio com a atitude de apoio de Carlos Fávaro e Neri Gueller à eleição de candidatos dos partidos dos trabalhadores. Como é de conhecimento público, o Partido dos Trabalhadores atua em conjunto e apóia o M.S.T., organização criminosa que invade, depreda, incendeia propriedades adquiridas com trabalho e esforço de famílias honestas. Ademais, o ex-presidiário candidato a Presidente já acena para o controle da imprensa, propriedades e, conseqüentemente, pretende tirar a liberdade da população brasileira impondo regime socialista como na Venezuela e em Cuba, tudo apoiado pelo Foro de São Paulo, organização politicamente criminosa fundada pelo ex-presidiário e Fidel Castro. O apoio nefasto de dois candidatos que se dizem do agro visa apenas a dar suporte a um só grupo econômico, que iMaggina monopolizar o transporte e o mercado de milho, soja e algodão, tendo um de seus representantes um ex-senador. Esse apoio político de “Fávaro e Nerizão” revelam apenas que seus perfis não estão voltados ao Agro e à família brasileira, mas demonstra ação retrógrada e oportunista, que vem, de forma acintosa, desconstruir os avanços obtidos nos legítimos movimentos sociais do setor produtivo, envergonhando os produtores rurais que tanto trabalharam para esse Estado.
A nota de repúdio divulgada pelo Sindicato de Sinop torna público o racha no agronegócio em Mato Grosso. Já que a entidade do nortão há tempos manifesta apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), inclusive financiado atos e manifestações em apoio ao líder da direita.
O Sindicato Rural de Tangará da Serra também emitiu uma nota de repúdio, se unindo às demais entidades, vindo a público comunicar seu repúdio com a atitude de Carlos Fávaro e Neri Geller:
Fonte: Capital Notícias