Proprietário da pizzaria Rock, Amor e Pizza, o empresário Luis Gustavo Galvão não tem conseguido repassar a seus clientes os constantes aumentos nos preços dos insumos. Há seis meses, o empresário negociava o quilo do queijo muçarela por R$ 16,50, que hoje é comprado por R$ 42. Os outros produtos, como o trigo e tomate, também dispararam, afetando diretamente a lucratividade da empresa.
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“Repassamos um pouco e o restante absorvemos, diminuindo a margem de lucro. Resultado disso é que trabalhamos mais, vendemos mais e lucramos o mesmo. A margem de lucratividade está bem apertada”, afirma, acrescentando que o preço do pacote de trigo saiu de R$ 13,50 para R$ 23, enquanto o tomate saltou de R$ 2 para R$ 15 o quilo.
“Nossos clientes reclamam muito, mas a maioria entende o momento. Nós estamos diminuindo a margem para preservar o negócio, mas está difícil. Nossa meta é a sobrevivência”, afirma.
O empresário também afirma que o aumento do preço da gasolina impactou a operação da empresa, que trabalha apenas com delivery há três anos. Os valores das taxas de entrega, segundo Luis Gustavo, são repassados em 100% para os entregadores, que também sofrem com as altas dos combustíveis e da manutenção de suas motocicletas.
Apesar das dificuldades, o empresário afirma que a empresa está funcionando ‘em pleno vapor’, mesmo com os percalços durante a pandemia e a explosão dos preços dos alimentos, que foram mais impactados ainda com a guerra no Leste Europeu. São 30 famílias que dependem diretamente da empresa e cerca de 100 que são beneficiadas de forma indireta.
“Lutamos diariamente para permanecermos abertos […]. Nossa responsabilidade é muito grande com essas pessoas. Entendemos o momento crítico e cumprimos todos nossos compromissos rigorosamente em dia, mas não é fácil”, desabafa Luis Gustavo, que cita a linha de crédito do governo federal como muito importante para a sobrevivência da empresa.
ESTADÃO MATO GROSSO