A bebê da adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, que foi assassinada no dia 12 de março no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, nasceu sem sinais vitais, mas foi reanimada pela própria acusada do crime, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos. A informação consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público sobre o caso.
A acusada foi denuncia por feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
Segundo o MP, Nataly atraiu a adolescente para uma residência sob o pretexto de doar roupas de bebê. Lá, a vítima foi asfixiada, amarrada e teve o ventre aberto com uma navalha e uma faca enquanto ainda estava viva.
A bebê, uma menina, nasceu sem sinais vitais, mas Nataly — que cursou parte de enfermagem — realizou massagem cardíaca para reanimá-la. A bebê está sobreviveu e está bem.
Após o ato, a acusada enterrou o corpo da mãe no quintal da casa e levou a criança ao Hospital Santa Helena, onde mentiu ter dado à luz em casa. Exames médicos, porém, comprovaram que ela nunca esteve grávida.
A denunciada teria ainda limpado o local do crime para remover vestígios e utilizado o celular da adolescente para enviar mensagens falsas aos familiares, bem como falsificado um exame de gravidez para simular estar grávida.
Nataly, que já tem três filhos homens e fez laqueadura, planejou o crime por meses, diz o MP. Ela mapeou grávidas de meninas em grupos de WhatsApp e escolheu Emelly por ser jovem, negra e de baixa renda e por acreditar que seu desaparecimento “não teria repercussão”.
Nataly segue presa no Presídio Feminino Ana Maria do Couto May. Como revelou o Olhar Jurídico, ela está isolada na cadeia e a defesa deve solicitar o exame de sanidade.
OLHAR JURÍDICO
