As 125 mortes ocorridas em uma cena lamentável de invasão de campo no sábado, em jogo na Indonésia, foram causadas por causa da impossibilidade de esvaziamento dos 14 portões do estádio de Malang. De acordo com investigações da polícia local, apenas duas pessoas conseguiam passar por vez nas apertadas entradas e muitos dos 42 mil queriam deixar o local rapidamente e acabaram gerando esmagamentos.
Assim que o jogo terminou, os torcedores do Arema FC entraram em campo revoltados com a quebra de tabu diante do Persebaya Surabaya, que fez 3 a 2 no estádio.
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Após 23 anos de insucessos. A polícia agiu rápido e recepcionou os invasores com gás lacrimogêneo. Muitos, em pânico com a confusão, tentaram deixar o local rapidamente e se depararam com as portas apertadas, ocasionando uma das maiores tragédias da história em campos de futebol.
A polícia indonésia revelou nesta terça-feira que a investigação foi concentrada nas gravações de vídeo de câmeras de vigilância de seis dos 14 portões onde a maioria das vítimas acabou morrendo. O porta-voz da polícia, Dedi Prasetyo, revelou que os portões estavam abertos, mas não conseguiam acomodar mais de duas pessoas por vez.
‘Aqueles seis portões não estavam fechados, mas eram muito pequenos. Eles tinham uma capacidade para duas pessoas, mas havia centenas saindo juntas. Houve um esmagamento’, justificou Prasetyo. Ele acrescentou que os portões eram de responsabilidade dos organizadores da partida.
Os responsáveis por investigar o caso haviam removido um chefe de polícia e nove oficiais por responsabilidade no disparo do gás lacrimogêneo. Outros 18 oficiais estão sendo avaliados.
De acordo com regras da Fifa e da Confederação Asiática de Futebol, saídas dos estádios devem estar desbloqueadas o tempo todo durante um jogo por segurança. Apesar de a polícia jogar a culpa nos organizadores e alegar que os portões estavam abertos, torcedores presentes no jogo e que conseguiram deixar o estádio dizem o contrário e culpam a tragédia pelo fato de as entradas estarem trancadas.
‘As pessoas tentaram se salvar depois que o gás lacrimogêneo foi disparado. Meu grupo foi separado‘, disse Prasetyo Pujiono, um agricultor de 32 anos de Malang, que assistiu à partida com amigos perto do Portão 13. ‘As pessoas não podiam ficar mais dentro do estádio. Queríamos escapar, mas o portão estava fechado. É por isso que a maioria das pessoas morria quando era pisoteada ou Sufocada. Eu me lembro que eles estavam gritando que não podiam respiram e seus olhos doíam’.
Centenas de torcedores do Arema e moradores de Malang estão homenageando as vítimas nos portões 12 e 13 desde o início da semana. Além de orações, pétalas de rosas, buquês de flores e vários lenços Arema foram espalhados pelo local.