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Mato Grosso
sexta-feira, 22, novembro, 2024

Cerca de 70 denúncias contra ex-membro da maçonaria por golpes estimados em R$ 60 milhões são apuradas pela polícia em MT 

Reprodução

A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) instaurou uma investigação nesta sexta-feira (25) para apurar cerca de 70 denúncias contra o bacharel em direito Samir de Matos por suspeita de golpes financeiros milionários, em Cuiabá. As vítimas tiveram um prejuízo estimado em R$ 60 milhões. 

g1 tenta contato com o suspeito. 

Samir, que também fazia parte de um grupo de maçonaria na capital foi expulso pela loja maçônica Grande Oriente de Mato Grosso, nessa quinta-feira (24). Em nota, o Grão-Mestre Gelson Menegatti Filho disse que a medida foi tomada por entender que Samir teria se aproveitado da confiança de algumas pessoas da irmandade para causar danos a elas. 

De acordo com a Polícia Civil, os primeiros boletins de ocorrência registrados contra Samir chegaram ao conhecimento da delegacia nesta semana. Inicialmente, o caso é tratado como crime de estelionato, uma vez que as vítimas ouvidas disseram que negociaram em particular com o suspeito. 

Uma das vítimas é um advogado que afirma ter perdido mais de R$ 800 mil. 

A Delegacia do Consumidor informou que vai montar uma força tarefa para ouvir todas as vítimas que registrarem boletins de ocorrência para tentar concluir as investigações no menor prazo possível e converter o auto de investigação preliminar em inquérito policial.

Neste mês também foram registradas pelo menos mais três denúncias contra Samir, que são apurados pela Delegacia Especializada de Estelionatos da capital. 

Conforme as denúncias feitas à polícia, a promessa do suspeito era sempre de que as vítimas jamais teriam prejuízos se investissem com ele. 

Entenda o caso

O bacharel em direito está sendo investigado por supostos golpes financeiros em “irmãos” da maçonaria. O advogado que se manifestou sobre o caso, mas pediu para não ter o nome divulgado, disse que Samir prometeu investir o dinheiro e que não correria riscos no mercado financeiro. 

Desde 2019, um percentual de lucratividade seria revertido ao suspeito como parte da negociação para realizar os investimentos. 

A promessa do suspeito seria de que as vítimas jamais teriam prejuízos se investissem com ele, de acordo com o boletim de ocorrência. 

Ao todo, o advogado fez seis depósitos, totalizando R$ 836.112 mil. Porém, os dois últimos valores, que, juntos, somam R$ 362.700 mil, não teriam nem sido aplicados pelo suspeito. 

Samir não foi mais localizado depois que a namorada dele o levou até a rodoviária no último sábado (19), de acordo com o boletim. 

G1MT

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