Novos aumentos de preços devem acontecer nas cervejas do grupo holandês Heineken em todo o mundo. O avanço da inflação globalmente tem elevado os custos de produção a patamares jamais vistos pelos executivos e pressionado a mais reajustes, segundo o grupo.
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A cervejaria diz que projeta um crescimento de custos por hectolitro (100 litros) na casa dos 15%, devido às posições de hedge e ao forte aumento nos preços de commodities, energia e frete.
“Compensaremos esses aumentos de custo de insumos por meio de preços em termos absolutos, o que pode levar a um consumo de cerveja menor”, disse Harold van den Broek, diretor financeiro do grupo, na teleconferência de resultados. De acordo com ele, apesar do cenário, a empresa continua a projetar uma margem de lucro operacional de 17% até 2023.
“Mesmo com os ventos contrários enfrentados pela covid-19 e pressão de custos ao longo de 2021, os volumes têm sido resilientes. A grande questão está em torno da duração dessa resiliência diante da pressão inflacionária. Não sabemos”, acrescentou Dolf van den Brink, presidente do grupo, apontando que vê alguns países com vendas mais resilientes, por exemplo da América do Sul.
No quarto trimestre, o Brasil foi um dos países de melhor desempenho da empresa, com destaque para a marca Heineken e marcas como Amstel e a recentemente lançada Tiger. No país, os volumes cresceram mais de 10% de outubro a dezembro.
G1