Uma jornalista alegou ter sido agredida na segunda-feira (19) por um empresário e ex-vereador de Itanhangá (150 km de Cuiabá), após uma discussão motivada por questões políticas. Bolsonarista, o homem teria ficado irritado com a mulher, que estava em uma ação eleitoral juntamente com um candidato a deputado estadual da região, pedindo votos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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A vítima é a jornalista Cláudia Aparecida Sarubo, que atualmente trabalha na coordenação de campanha do vereador de Sorriso (420 km de Cuiabá) e candidato a deputado estadual Wanderley Paulo da Silva (PP). Ela alegou ter sido agredida pelo empresário Elizeu de Oliveira, proprietário do Supermercado D&A, em Itanhangá. O episódio teria ocorrido em frente ao estabelecimento, durante uma ação eleitoral.
“Meu carro estava estacionado no Supermercado D&A. Quando fui buscar, o ex-vereador e empresário começou a me agredir com palavras de baixo calão, falando que não queria carro de ladrão no estabelecimento, e que estávamos sujando a cidade. Quando percebi que ele estava alterado, comecei a gravar em vídeo. Foi quando ele me deu um soco, querendo atingir meu rosto, mas pegou em meu braço. Depois, ele tentou tirar o adesivo”, relatou.
Cláudia Sarubo contou que tentou fazer um boletim de ocorrência em Itanhangá, mas não o fez porque o sistema da delegacia não estava funcionando. O mesmo ocorreu em Tapurah, de acordo com a jornalista.
Elizeu de Oliveira é ex-vereador de Itanhangá e foi um dos presos durante a deflagração da Operação Terra Prometida, em 2014, pela Polícia Federal. Na ocasião, 52 pessoas tiveram a prisão decretada por suspeita de envolvimento em fraudes em terras da União. De acordo com as investigações à época, fazendeiros e empresários suspeitos de explorar terras destinadas à reforma agrária na região para monoculturas, como de soja e de milho.
Segundo a acusação, os fazendeiros e empresários quando se interessavam por lotes do projeto de assentamento procuravam os beneficiários da reforma agrária para negociar com eles a desistência de suas áreas, pressionando-os com propostas de compra por valores abaixo dos praticados no mercado. A argumentação utilizada para pressionar os assentados era de que se tratava de um negócio de alto risco.
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